RALEIO DE CACHOS NA QUALIDADE DE UVA "PINOT NOIR" EM ENCRUZILHADA DO SUL RS
Resumo
O presente trabalho teve como objetivo avaliar o efeito de diferentes intensidades de raleio de cachos, e sua influência na qualidade de uvas na Serra do Sudeste, RS. O experimento foi conduzido durante a safra 2015/16 em um vinhedo comercial a 380m de altitude, localizado no município de Encruzilhada do Sul, RS, coordenadas 30º 30’ 54,73’’S e 52º 30’ 14,28’’ W. Foi utilizada a variedade ‘Pinot Noir’, enxertada sobre ‘Paulsen 1103’, conduzida em espaldeira, com espaçamento de 2,5m x 1,0m. O experimento foi instalado em delineamento de blocos completos casualizados, com cinco repetições. O fator de tratamento testado foi o raleio, com três níveis (0, 30 e 50%). Calculou-se a intensidade de raleio com base no número de cachos por planta. Os tratamentos foram ajustados quando 50% das bagas encontravam-se em ‘véraison’. Foram avaliados os teores de sólidos solúveis totais, acidez total, pH, razão SS/AT, antocianinas totais e polifenóis totais das bagas. Observou-se que a prática de raleio de cachos não modificou os sólidos solúveis totais, porém diminui pH e aumentou a acidez da uva, uma característica favorável à elaboração de vinho espumante, uma vez que o teor de acidez contribui para a qualidade organoléptica da bebida. Para esta última propriedade, o raleio seria uma prática favorável, visto que a variedade ‘Pinot Noir’ é muito utilizada na elaboração de vinho espumante no Brasil. Para o índice de polifenóis totais, o raleio não interferiu nos teores, mas, diminuiu o acúmulo de antocianinas totais nas bagas. Para as condições deste experimento, pode-se concluir que a realização do raleio de cachos não teve um efeito compensatório na composição fenólica. Entretanto, para os níveis de raleio testados houve aumento na acidez total da uva, característica favorável para uvas destinadas à elaboração de vinho espumante.
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