INFLUÊNCIA DA POLINIZAÇÃO NA PRODUÇÃO E QUALIDADE DO BUTIÁ
Resumo
De modo a atender à crescente demanda, da população e das indústrias, por novas essências e sabores, os butiazeiros são uma excelente alternativa de renda para a agricultura sul-riograndense, como diversificação para a agricultura familiar. A polinização é um fator determinante na produção de frutos em várias espécies de fruteiras, em especial naquelas que não se reproduzem por partenocarpia. Objetivou-se avaliar a influência da autopolinização e da polinização cruzada de Butia odorata (Barb. Rodr.) Noblick & Lorenzi na produção e na qualidade do butiá. Para tal, foram utilizados 14 genótipos de butiazeiros do Banco Ativo de Germoplasma (BAG) da FAEM-UFPel durante a safra 2011/2012. Os tratamentos utilizados foram: não-ensacamento dos cachos (T1=polinização cruzada) e ensacamento dos cachos (T2=autopolinização). Os invólucros (sacos de TNT100) utilizados para o isolamento das brácteas pedunculares foram confeccionados manualmente. As medidas utilizadas foram: comprimento = 1,40m; largura = 0,75m; abertura na base = 0,17m e cortes laterais = 0,40m. A borda do TNT foi dobrada duplamente para evitar a entrada de pólen ou insetos, e grampeada com grampos de aço galvanizado (26/6). A variável massa média dos frutos por cacho (MMFC em kg) apresentou diferença significativa, onde T1 resultou em maior média (5,80kg), enquanto que T2 resultou em 2,94kg. O diâmetro equatorial dos frutos (DEF) não diferiu estatisticamente entre as médias dos tratamentos, onde T2 obteve de 27,55mm e T1 obteve 27,42mm de diâmetro. A variável diâmetro longitudinal (altura) dos frutos (DLF), não diferiu estatisticamente entre as médias dos tratamentos, onde T2 resultou em 23,17mm e T1 resultou em 22,66mm. A variável volume médio de suco (VMS em mL) diferiu estatisticamente, onde T2 apresentou a maior média (336,70mL), enquanto que T1 resultou em 282,11mL. Quanto ao rendimento de polpa (%), este, apresentou diferença significativa entre os tratamentos utilizados, onde T2 obteve 83,44% e T1 obteve 76,11%. Para o caso dos genótipos G. 32, G. 57, G. 35 e G. 63 a polinização cruzada mostrou-se fundamental, pois não houve a formação de frutos. Sendo assim, conclui-se que a autopolinização do butiazeiro reduz a produção, todavia, provoca melhoria na qualidade das frutas; a autopolinização proporciona aumento do rendimento de polpa dos butiás; a autopolinização proporciona aumento do rendimento de suco.
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