PREFERÊNCIA DO CONSUMIDOR EM RELAÇÃO AO SABOR DE PERAS ‘ROCHA’ SUBMETIDAS A DIFERENTES MÉTODOS PARA INDUÇÃO DO AMADURECIMENTO

Mariuccia Schlichting De Martin, Cristiano André Steffens, Marília Farias Rodrigues, Eduardo da Silva Daniel, Gentil Carneiro Gabardo, Cristhian Leonardo Fenili

Resumo


As recomendações de manejo pós-colheita para peras europeias, atualmente, são dadas com base nas preferências dos mercados consumidores americano e europeu. Contudo, se desconhece a preferência dos consumidores nacionais em relação à qualidade para o consumo de peras europeias. Sendo assim, este trabalho teve como objetivo verificar a aceitação de consumidores do sul do Brasil em relação a atributos sensoriais de peras ‘Rocha’ tratadas com diferentes métodos para indução do amadurecimento. As peras foram submetidas a diferentes períodos de exposição ao frio para indução do amadurecimento, sendo eles zero (controle), 15, 30, 45 e 60 dias a 3 ºC. Após este período, os frutos permaneceram sete dias à temperatura ambiente, quando então foram submetidos às avaliações sensoriais e às análises físico-químicas de firmeza de polpa, acidez titulável e teor de sólidos solúveis. As análises sensoriais foram realizadas por meio de um teste de aceitação por escala hedônica, com notas variando de um a sete, em relação aos atributos doçura/acidez e textura. Antes do teste, os consumidores foram questionados também sobre a sua preferência com relação à textura de peras europeias.  Todos os tratamentos apresentaram notas médias acima de cinco, que corresponde ao termo “gostei” da escala de avaliação, para os atributos sensoriais de textura e doçura/acidez. A exposição dos frutos ao frio por 60 dias proporcionou nota média mais elevada (6,35) no teste de aceitação para o atributo doçura/acidez em relação aos frutos que não foram submetidos ao frio (5,35), não diferindo, contudo, dos demais períodos. Apesar de a firmeza de polpa ter diferido entre os períodos de frio, não houve diferença com relação às notas obtidas no teste de aceitação para o atributo textura.  Apenas 31% dos 100 consumidores entrevistados preferem frutos de textura amanteigada, sendo que os demais afirmam preferir frutos de textura firme (51%) ou intermediária (18%). Para consumidores da região sul do Brasil, peras ‘Rocha’ não submetidas a métodos para indução do amadurecimento e que permanecem firmes após exposição à temperatura ambiente, apresentam boa aceitação comercial.


Palavras-chave


Pyrus communis, exposição ao frio, textura, aceitação comercial

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