OTIMIZAÇÃO DA EXTRAÇÃO DE PROTEÍNAS DE RAÍZES DE FEIJÃO-CAUPI (Vigna unguiculata) PARA ESTUDOS DE PROTEÔMICA
Resumo
O estudo de proteomas, em vegetais, nada mais é que o conhecimento de um conjunto de proteínas que estão atuando em uma célula, tecido ou órgão, em uma condição específica, como situações de estresse, por exemplo, e a partir disso podem-se obter possíveis marcadores moleculares. As etapas básicas para os estudos em proteomas consistem na preparação da amostra, separação proteica, visualização das proteínas e identificação das mesmas. Entretanto, devido a variedade de tecidos vegetais e uma série de compostos que dificultam a análise proteica, torna-se difícil estabelecer um protocolo de extração eficiente para todos os órgãos. Dessa forma o objetivo deste trabalho foi otimizar a extração de proteínas em raízes já lignificadas de Feijão-caupi a partir do protocolo de Mesquita (2012). Foram feitas 3 repetições, dos seguintes tratamentos nas raízes lignificadas: utilização de 10 mL de tampão de extração e 1,5 g de material vegetal (controle), 10 mL de tampão de extração e 2,0 g de material vegetal (10 mL x 2,0 g), 15 mL de tampão de extração e 1,5 g de material vegetal (15 mL x 1,5 g) e 15 mL de tampão de extração e 2,0 g de material vegetal (15 mL x 2,0 g). As raízes foram maceradas com N2 líquido e 10 mL de tampão de extração. As amostras submetidas ao tratamento 15mLx1,5g e 15mLx2,0 foram lavadas novamente com mais 5mL de tampão de extração. Posteriormente foi realizada a solubilização, quantificação, seguida da focalização isoelétrica. A segunda dimensão foi efetuada em gel de poliacrilamida na presença de SDS. As imagens dos geis corados com Coomassie G-250® (Colloidal) foram digitalizadas usando o Image Scaner III (GE Healthcare®). O tratamento que apresentou maior concentração de proteínas foi o 15mLx2,0g, seguido do tratamento 15mLx1,5g. O tratamento controle e o 10 mL x 2,0 g apresentaram as menores médias, as quais não diferiram entre si pelo teste de Tukey à 5% de probabilidade. Quanto à nitidez e quantidade de spots os resultados foram similares. O melhor tratamento foi 15 mL x 2,0 g, seguido do tratamento 15 mL x 1,5 g, 10 mL x 2,0 g e 10 mL x 1,5 g. Os resultados atingidos foram satisfatórios, pois com o aumento do volume de tampão de extração houve maior eficiência em extrair as proteínas da amostra com tecido lignificado. Assim como a quantidade de amostra utilizada também foi fundamental nessa otimização. Tendo em vista os resultados obtidos, pode-se concluir que as alterações no volume de tampão de extração (2 lavagens) apresentaram resultados melhores que os descritos no protocolo original, sendo o tratamento 15 mL x 2,0 g o que melhor respondeu em eficiência.
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