OTIMIZAÇÃO DA EXTRAÇÃO DE PROTEÍNAS DE RAÍZES DE FEIJÃO-CAUPI (Vigna unguiculata) PARA ESTUDOS DE PROTEÔMICA

Lais Dieb Lima, Suane de Oliveira Souza Brasil, Diana Carolina Lima Freitas, Isadora Dalbem Schuerne, Karina Soardi, João Claudio Vilvert, Rosilene Oliveira Mesquita

Resumo


O estudo de proteomas, em vegetais, nada mais é que o conhecimento de um conjunto de proteínas que estão atuando em uma célula, tecido ou órgão, em uma condição específica, como situações de estresse, por exemplo, e a partir disso podem-se obter possíveis marcadores moleculares. As etapas básicas para os estudos em proteomas consistem na preparação da amostra, separação proteica, visualização das proteínas e identificação das mesmas. Entretanto, devido a variedade de tecidos vegetais e uma série de compostos que dificultam a análise proteica, torna-se difícil estabelecer um protocolo de extração eficiente para todos os órgãos. Dessa forma o objetivo deste trabalho foi otimizar a extração de proteínas em raízes já lignificadas de Feijão-caupi a partir do protocolo de Mesquita (2012). Foram feitas 3 repetições, dos seguintes tratamentos nas raízes lignificadas: utilização de 10 mL de tampão de extração e 1,5 g de material vegetal (controle), 10 mL de tampão de extração e 2,0 g de material vegetal (10 mL x 2,0 g), 15 mL de tampão de extração e 1,5 g de material vegetal (15 mL x 1,5 g) e 15 mL de tampão de extração e 2,0 g de material vegetal (15 mL x 2,0 g). As raízes foram maceradas com N2 líquido e 10 mL de tampão de extração. As amostras submetidas ao tratamento 15mLx1,5g e 15mLx2,0 foram lavadas novamente com mais 5mL de tampão de extração. Posteriormente foi realizada a solubilização, quantificação, seguida da focalização isoelétrica. A segunda dimensão foi efetuada em gel de poliacrilamida na presença de SDS. As imagens dos geis corados com Coomassie G-250® (Colloidal) foram digitalizadas usando o Image Scaner III (GE Healthcare®). O tratamento que apresentou maior concentração de proteínas foi o 15mLx2,0g, seguido do tratamento 15mLx1,5g. O tratamento controle e o 10 mL x 2,0 g apresentaram as menores médias, as quais não diferiram entre si pelo teste de Tukey à 5% de probabilidade. Quanto à nitidez e quantidade de spots os resultados foram similares. O melhor tratamento foi 15 mL x 2,0 g, seguido do tratamento 15 mL x 1,5 g, 10 mL x 2,0 g e 10 mL x 1,5 g. Os resultados atingidos foram satisfatórios, pois com o aumento do volume de tampão de extração houve maior eficiência em extrair as proteínas da amostra com tecido lignificado. Assim como a quantidade de amostra utilizada também foi fundamental nessa otimização. Tendo em vista os resultados obtidos, pode-se concluir que as alterações no volume de tampão de extração (2 lavagens) apresentaram resultados melhores que os descritos no protocolo original, sendo o tratamento 15 mL x 2,0 g o que melhor respondeu em eficiência.


Palavras-chave


Analise proteômica; extração de proteína; metodologia

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