PERFIL DOS TRABALHADORES DE UM LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS
Resumo
A saúde do trabalhador visa um somatório de percepções dentro de seu ambiente de trabalho, aspectos preventivos só são possíveis ao conhecermos os fatores de risco na relação saúde-doença, na qual podemos intervir com medidas como, mudança na organização do trabalho, a melhora das condições ergonômicas, a eliminação da repetitividade, entre outras. Desta forma foi realizada uma pesquisa com os objetivos de analisar os riscos ocupacionais dos funcionários de um laboratório de analises clínicas e identificar sintomatologias dolorosas e as principais posturas adotadas nas suas tarefas laborais. O presente estudo se caracteriza por uma pesquisa transversal, de cunho descritivo com uma abordagem quantitativa, sendo aplicado um questionário intitulado Censo de ergonomia, através do qual o trabalhador expressa sua percepção a respeito do posto de trabalho e da atividade que executa, informando se sente ou não desconforto, dificuldade ou fadiga, em que intensidade, se está relacionado ou não ao trabalho que executa e, ao mesmo tempo, dá sugestões do que melhorar. Permitindo uma abordagem muito precoce de uma inadequação ergonômica, uma vez que bem antes de ocorrerem lesões e afastamento o trabalhador costuma sentir desconforto, dificuldade, fadiga e mesmo dor ao realizar a atividade. Em relação aos resultados podemos detectar dos 19 trabalhadores avaliados tiveram predominância do sexo feminino com 16 funcionários e 2 do sexo masculino. No aspecto de sintomatologias treze (13) funcionários relataram ter atualmente algum tipo de desconforto na região do pescoço com um percentual de 37%, sete (7) nos ombros e coluna que equivale a 20%, três (3) nas mãos e tornozelos/pés equivalente a 8%, dois (2) no quadril (6%) e um (1) nos braços (3%). Outros dados importantes foram através dos registros fotográficos das tarefas, postos e posturas de trabalho dos funcionários de um laboratório de análises clínica. Através deste estudo verificou-se maior índice de aparecimento de dor na região do pescoço na qual afirmam ter relação com o trabalho atual com classificação de dolorimento moderado com aumento durante a jornada normal de trabalho, porém relatam melhora ao repouso, principalmente no turno da noite. Consequentemente não procuram auxilio de um profissional da saúde para tratar os distúrbios osteomusculares. Este estudo revelou a correlação do tipo de posturas adotadas pelos funcionários e o surgimento de dores principalmente na coluna cervical, porém aspectos multifatoriais surgem contribuindo para o aparecimento das LER/DORT.
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