Desempenho inicial de uvas americanas conduzidas em sistemas de conduções adaptados a poda e colheita mecanizada

Resumo

Levando em conta as diversas atividades de manejo em um vinhedo, a poda e a colheita podem ser consideradas como as operações que mais exigem mão de obra e estão aliadas com a definição do sistema de condução, que interferirá no equilíbrio do crescimento vegetativo e produtivo das plantas. Neste sentido, a mecanização da poda e colheita pode ser uma alternativa, mas necessita de condições adequadas para ser viabilizada, como por exemplo, sistemas de condução que proporcionem condições adequadas de dossel, que facilitem as operações realizadas com máquinas. O objetivo desse estudo foi de verificar o comportamento de videiras americanas e híbridas conduzidas em espaldeira e fio único, os quais são sistemas com mecanização facilitada. O trabalho foi desenvolvido na Epagri, localizada no município de Videira – SC, em parreiral que implantado em 2015, com plantas de cinco cultivares de videira (Isabel Precoce, Concord clone 30, Bordô, BRS Carmem e BRS Magna). Além das cultivares, foram testados dois sistemas de condução (espaldeira e fio único). Dessa forma, o delineamento compreendeu um arranjo fatorial 2 x 5 (2 sistemas de condução e 5 cultivares) com quatro repetições, cada qual composta por quatro plantas. O sistema de condução em fio único proporcionou maior massa média dos cachos para todas as variedades. A variedade BRS Carmem é mais produtiva no sistema de fio único. As variedades BRS Carmem e BRS Magna são as mais vigorosas, com maior número de ramos e maior peso do material podado; em contrapartida, o menor vigor foi encontrado na variedade Concord clone 30, seguida por Bordô e Isabel precoce. As variedades testadas se comportaram de forma adequada em ambos os sistemas de condução, se tornando uma opção aos viticultores.