Quantificação de aerodispersóides em unidade secadora e armazenadora de arroz

Nander Ferraz Hornke, Marcos Vinicius Henriques dos Santos, Danilo Franchini, Gizele Ingrid Gadotti

Resumo


As operações agroindustriais em unidades de secagem e armazenamento de produtos agroindustriais geram quantidades significativas de poeira, podendo causar doenças pela sua inalação de acordo com o tamanho da partícula. O objetivo desse trabalho foi desenvolver uma bomba à vácuo para coleta de aerodispersóides com diâmetro inferior a 10 micrômetros, em locais específicos de descarga de grãos de arroz de um silo e comparar com o Limite de Tolerância e Concentração Média Ponderada das Partículas Insolúveis Não Classificadas de Outra Maneira (PNOS). O equipamento de amostragem foi confeccionado no Laboratório de Pós-colheita do CEng-UFPel. O experimento foi conduzido em uma empresa de secagem e armazenamento de arroz em Pelotas-RS. Para a coleta de material particulado total, utilizou-se porta filtro de três peças com 37 mm de diâmetro, com face fechada e orifício para a entrada do ar de 4 mm de diâmetro. Para a obtenção das amostras, selecionou-se 3 pontos, com três amostras em cada ponto, utilizando vazão de 2 L.min-1 durante 6 horas. Realizou-se a pesagem do filtro antes e depois de ser realizada a coleta da poeira suspensa no ar. Verificou-se a concentração média de poeira respirável no ponto 1, 2 e 3 foram de 1,528 mg.m-3, 0,833 mg.m-3 e 0,833 mg.m-3 respectivamente. Percebe-se que os valores médios de concentração de poeira estão abaixo dos limites estabelecidos pela ACGIH® TLV-TWA®, que considera 8,8 mg.m-³ para partículas inaláveis e 2,64 mg.m-³ para partículas respiráveis. Após as análises conclui-se que a bomba de vácuo adaptada para coleta aerodispersóides foi capaz de realizar tal coleta de amostras de forma eficiente.

Palavras-chave


Oryza sativa, poeira, segurança no trabalho.

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