IDENTIDADE E ESTOMIA: UMA ANÁLISE A PARTIR DO MODELO DE ADAPTAÇÃO PROPOSTO POR ROY
Resumo
As pessoas que são submetidas à cirurgia para a realização de uma estomia experimentam alterações multidimensionais trazendo reflexos na manutenção de sua identidade. A pesquisa teve como objetivo compreender o processo de reconstrução da identidade da pessoa estomizada, tendo como referencial teórico o Modelo de Adaptação de Roy. Trata-se de uma pesquisa descritiva de abordagem qualitativa. Foram sujeitos da pesquisa dez pessoas cadastradas no serviço de estomaterapia de um hospital universitário do sul do Brasil. Os dados foram coletados por meio de entrevistas semiestruturadas, realizadas de forma individual. Uma vez transcritos na íntegra, os dados foram segregados e analisados de acordo com o referencial teórico proposto. Seguiram-se todos os preceitos éticos de acordo com a resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde. Os dados mostraram que o processo de reconstrução da identidade após a estomização é proporcional ao potencial adaptativo que cada pessoa possui. Quanto maior o potencial adaptativo mais facilmente conseguirá reconstruir suas identidade. A atuação da enfermagem neste contexto não deve ser direcionada somente por um modelo de assistência à saúde que tenha o corpo físico como seu foco. É preciso uma visão integral da pessoa estomizada, que recebe os cuidados, auxiliando-a a mobilizar seus próprios recursos, desenvolvendo estratégias que lhe possibilite uma adequada adaptação e enfrentamento à nova condição.
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