NANOFIBRILAS DE CELULOSE PRODUZIDAS A PARTIR DE RESÍDUOS DE CASCA DE ACÁCIA-NEGRA (ACACIA MEARNSII DE WILD.)

Tereza Longaray Rodrigues, Paula da Cruz Pedroso, Wladimir Hernandez Flores, André Gündel, Gabriela Silveira da Rosa, André Ricardo Felkl de Almeida

Resumo


As nanofibrilas de celulose consistem em partículas nanométricas, as quais têm despertado o interesse da comunidade científica em virtude das suas propriedades. Diversas pesquisas têm sido conduzidas a fim de promover a produção destas nanoestruturas a partir de recursos renováveis. Desta forma, o presente trabalho teve como objetivo a produção e caracterização de nanofibrilas de celulose a partir dos resíduos de casca de acácia-negra (Acacia mearnsii De Wild.) gerados pela indústria de taninos. As nanopartículas de celulose foram produzidas por meio da técnica de ultrassom de alta intensidade (HIUS), sendo caracterizadas através da microscopia de força atômica (MFA) e difratometria de raios X (DRX). Desta forma, foi possível produzir nanofibrilas de celulose com diâmetros entre 9 e 28 nm, em conformidade com o indicado na literatura. O difratograma apresentou picos localizados em 2θ ≈ 15°, 16,5°, 22,5° e 34,3°, os quais indicam a presença dos planos cristalinos (011), (-111), (022) e (-231), típicos de celulose I. Observou-se que o procedimento HIUS não promoveu alterações no polimorfo da celulose, bem como ocorreu uma redução no índice de cristalinidade do material em virtude da degradação de regiões cristalinas da celulose. Assim, foi possível produzir nanofibrilas de celulose a partir dos resíduos da indústria de taninos por meio de uma metodologia eco-friendly.

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