PERCEPÇÃO DOS PRODUTORES À APLICAÇÃO DE AGROTÓXICOS NA PRODUÇÃO DE PÊSSEGO IN NATURA NA METADE SUL DO RS

Cassiano Pegoraro, Patrícia Maciejewski, Roberta Manica-Berto, Camila Pegoraro, Fernanda Moreira Oliveira, Jorge Adolfo Silva

Resumo


A preocupação cada vez maior com a questão ambiental e com a segurança do alimento exigida pelos consumidores tem evidenciado uma nova demanda na cadeia produtiva do pêssego para consumo in natura, e o Rio Grande do Sul (RS) não está isento deste cenário. Dessa forma, novos estudos devem ser conduzidos, de modo a entender a percepção do produtor com relação ao oferecimento de frutos seguros, para prospectar medidas que visem o aprimoramento da produção visando a produção de alimentos livres de resíduos químicos. Nesse sentido, este trabalho teve por objetivo avaliar a percepção do produtor rural quanto à utilização de agrotóxicos na produção de pêssego in natura na Metade Sul do RS. Participaram deste estudo 30 produtores rurais da cadeia do pêssego voltado ao consumo in natura, nos municípios que compõem a Metade Sul do RS. Adotou-se a condução de estudo de caso, com amostragem não probabilística intencional. A elaboração do questionário consistiu basicamente em estruturar um conjunto de questões que pudessem compor variáveis mínimas e traduzir comentários para atender os objetivos da pesquisa, baseado no regulamento EurepGAP. As questões foram agrupadas em quatro grandes grupos: I - quanto à proteção de culturas; II - registro de aplicação de agrotóxicos; III - armazenamento e manuseio de agrotóxicos; IV - embalagens vazias de agrotóxicos. Para o primeiro grupo, quando questionados em relação ao uso de diferentes agrotóxicos para evitar o aparecimento de resistência, 62,5% confirmaram que adotam esse manejo. No segundo grupo de questões, esse mesmo percentual se manteve quando questionados quanto ao registro das aplicações dos agrotóxicos. Porém, para o registro do período de carência dos agrotóxicos apenas 56,25% dos produtores adotam esse procedimento. No grupo III, todos os entrevistados responderam que os agrotóxicos sempre são mantidos na embalagem de origem. E, no último grupo de perguntas, 100% dos produtores responderam que realizam a tríplice lavagem e, com retorno de água de lavagem ao depósito de aplicação da calda.  Conclui-se que os produtores de pêssego possuem pontos positivos no manejo dos agrotóxicos. Um ponto que deve ser qualificado está na necessidade da adoção de registros durante todas as etapas relacionadas à aplicação de agrotóxicos, para garantir a rastreabilidade futura do pêssego in natura


Palavras-chave


rastreabilidade; GlobalGAP; alimento seguro

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