GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE Angelonia integerrima Sprengel SOB DIFERENTES TEMPERATURAS

Mara Cíntia Winhelmann, Marília Tedesco, Claudimar Sidnei Fior, Gilmar Schafer

Resumo


Angelonia integerrima Sprengel é conhecida como violeta-do-campo, sendo uma espécie herbácea, perene, nativa no Rio Grande do Sul e ocorre em afloramentos rochosos e campos pedregosos. Essa espécie possui potencial ornamental, podendo ser cultivada em canteiros, floreiras e vasos. Devido à ausência de informações sobre condições ideais para a germinação dessa espécie, o presente trabalho teve como objetivo testar temperaturas para a germinação de sementes procedentes de diferentes locais de coleta. O experimento foi conduzido no Laboratório de Biotecnologia em Horticultura da Faculdade de Agronomia da UFRGS em Porto Alegre – RS. As sementes foram coletadas in situ em dezembro de 2015 e janeiro de 2016, em três locais: Morro Osso, Morro Santana e casa de vegetação do Departamento de Horticultura e Silvicultura da Faculdade de Agronomia da UFRGS, todos localizados em Porto Alegre – RS. As sementes foram armazenadas sob temperatura de 4 a 6°C até a instalação do experimento (fevereiro de 2016). Foram testadas duas temperaturas: 20 e 25°C constantes, sendo utilizadas como recipiente para semeadura placas de Petri com duas folhas de papel germiteste umedecidas com água deionizada autoclavada, na proporção de 2,5 vezes a massa do papel (volume/massa). Antes da semeadura as sementes foram desinfestadas por 30 segundos em álcool 70%, seguido de 1 minuto em hipoclorito de sódio 1% (i. a.), com posterior tríplice lavagem com água deionizada autoclavada.  O delineamento foi inteiramente casualizado em esquema fatorial (local de coleta x temperatura), com 10 repetições, 20 sementes por repetição, totalizando 200 sementes por local de coleta nas diferentes temperaturas. Após a semeadura, as placas foram colocadas em câmaras de germinação do tipo BOD. Foi avaliada a germinação, sendo a contagem realizada a cada dois dias, onde foi considerada germinada a semente com radícula visível. Após, foi calculado o percentual de germinação e o índice de velocidade de germinação. No fim do experimento ainda foi avaliado o comprimento de plântulas e massa seca. Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5%. Na germinação houve diferença significativa apenas para local de coleta, sendo que sementes coletadas no Morro Santana tiveram a maior porcentagem de germinação (63,5%). Para o índice de velocidade de germinação também não houve interação, mas houve diferença para os locais de coleta, sendo o melhor Morro Santana e temperatura de 25°C. Para a variável comprimento de plântula houve diferença significativa apenas para o fator temperatura, sendo que a 25°C se obteve plântulas com maior comprimento de parte aérea e sistema radicular. Para a variável massa seca houve diferença para local de coleta e temperatura, sem interação, sendo que sementes coletadas na casa de vegetação, e a temperatura de 25°C proporcionaram a maior produção de massa seca. Sementes dessa espécie podem ser germinadas a 25°C e sementes coletadas no Morro Santana apresentam maior porcentagem de germinação. 


Palavras-chave


Floricultura, Plantaginaceae, propagação.

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