Propagação in vitro e aclimatização de Mentha piperita L.

FLÁVIA ANGELO BEDUHN, SIMONE RIBEIRO LUCHO, CRISTINI MILECH, ALITCIA MORAES KLEINOWSKI, DÉBORA BARWALDT DUTRA, MARINA FRANCO GALLI, EUGENIA JACIRA BOLACEL BRAGA

Resumo


A hortelã-pimenta (Mentha piperita L.), também conhecida como menta ou sândalo é uma erva aromática anual ou perene, com ramos de cor verde escura a roxa purpúrea, originária da Europa. É muito utilizada como condimento, bem como para fins medicinais, alimentícios e cosméticos. O óleo essencial extraído de suas folhas é rico na mistura de mentol (50%), mentona e mentofurano, os quais são responsáveis pelo seu agradável odor. O óleo essencial extraído das suas folhas possui muitas propriedades, dentre elas antiespasmódica, anti-inlamatória, antiúlcera e antiviral. O cultivo in vitro tem importante papel na produção de plantas medicinais no que diz respeito à independência da variação sazonal, a produção em massa, identificação e produção de clones com as características desejadas e a manipulação do microambiente para maior produção do metabólito de interesse, em larga escala, curto período e espaços reduzidos. O objetivo deste trabalho foi otimizar um protocolo de micropropagação de hortelã-pimenta, visando a produção de mudas uniformes e de boa qualidade fitossanitária. Para o estabelecimento in vitro foram utilizados segmentos nodais de plantas cultivadas em casa de vegetação, desinfestados em soluções com hipoclorito de sódio na concentração de 1,0 % de cloro ativo acrescidos de duas gotas de detergente, pelo tempo de exposição de 10 minutos. Após a assepsia os explantes foram inoculados em meio MS (100%), acrescido de 0; 1,0 e 2,0 mg L-1 de BAP (benzilaminopurina) e 0; 0,25 e 0,50 mg L-1 de ANA (ácido naftalenoacético). A aclimatização das plantas oriundas da fase de multiplicação in vitro foi realizada em garrafas de 2L tipo PET, utilizando como substrato casca de arroz carbonizada e solo. Aos 30 dias de cultivo, houve maior desenvolvimento dos brotos e gemas axilares, quando tratadas com 2,0 mg L-1 de BAP, na ausência de ANA. O maior número de raízes formadas foi observado nos meios ausentes de BAP e com 0,5 mg L-1 de ANA, enquanto a altura atingiu maiores proporções também na ausência de BAP e 0,25 mg L-1 de ANA. A combinação dos reguladores de crescimento BAP e ANA é determinante para aumentar a taxa de multiplicação in vitro de M. piperita, entretanto o uso de BAP não é necessário para aumentar a média da altura das plantas e nem para a formação de raízes. O número médio de brotações e de gemas axilares desenvolvidos durante o processo de aclimatização não é influenciada pelas combinações de BAP e ANA utilizadas na etapa de multiplicação in vitro, porém as maiores médias de altura das plantas aclimatizadas foram observadas nas plantas tratadas previamente com ANA. 


Palavras-chave


plantas medicinais; micropropagação; hortelã -pimenta

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