GERMINAÇÃO E DESENVOLVIMENTO INICIAL DE PLÂNTULAS DE Lupinus albescens Hook. & Arn. EM DIFERENTES SUBSTRATOS

Luciana Pinto Paim, Eduarda Demari Avrella, Monique Caumo, Luciano da Silva Alves, Claudimar Sidnei Fior

Resumo


O Lupinus albescens é uma fabácea de ocorrência restrita ao estado do Rio Grande do Sul (RS), habitando solos de textura arenosa, especialmente, os atingidos pelo fenômeno de arenização. É uma espécie herbácea de hábito ereto, apresentando alta rusticidade, com sistema radicular profundo (até 150 cm) e associação simbiótica com bactérias fixadoras de nitrogênio. Desse modo, denota diversas potencialidades para a recomposição de áreas degradadas e recuperação da fertilidade de solos. No entanto, há uma carência de estudos sobre o uso adequado de substratos com características de qualidade e baixo custo, para a produção de mudas da espécie. O objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos de diferentes composições de substratos na germinação e desenvolvimento inicial de plântulas de Lupinus albescens, visando a produção de mudas para recuperação de áreas degradadas. As sementes foram coletadas no município de Alegrete/RS e após submetidas ao tratamento pré-germinativo de escarificação mecânica entre lixas nº120 por 40 segundos. A semeadura foi de três sementes por tubete, utilizando-se cinco composições de substratos (areia - T1, casca de arroz carbonizada - T2, fibra de coco -T3, casca de arroz carbonizada + fibra de coco - T4, areia + casca de arroz carbonizada + fibra de coco - T5) em proporções iguais. As variáveis analisadas foram: porcentagem de emergência e de formação de plântulas, índice de velocidade de emergência (IVE), tempo médio de emergência (TME) e tempo médio de formação de plântulas (TMP), durante 37 dias. Posteriormente, realizou-se avaliação do comprimento de parte aérea, diâmetro do colo e número de folhas, durante os 7, 14, 21 e 28 dias, após a formação das plântulas. Utilizou-se delineamento inteiramente casualizado com cinco tratamentos e quatro repetições de 30 sementes, totalizando 600 sementes. Os dados foram submetidos à análise de variância (ANOVA) e comparação de médias (teste DMS). Os resultados não demonstraram diferenças significativas entre os tratamentos, para as variáveis de porcentagem de emergência e de formação de plântulas, IVE, TME, TMP e comprimento de parte aérea de plântulas. Observou-se que o substrato composto por areia possibilitou o maior diâmetro do colo das plântulas. A característica número de folhas apresentou valores superiores em plantas desenvolvidas nos tratamentos 1, 3 e 5, correspondente aos substratos areia, fibra de coco e a composição de areia + casca de arroz carbonizada + fibra de coco, respectivamente. Conclui-se que, a espécie de Lupinus albescens Hook. & Arn. apresentou capacidade germinativa nos diferentes tipos de substratos avaliados. No entanto, as plântulas crescidas no substrato areia demonstraram maior diâmetro do colo, enquanto que, houve elevado número de folhas formadas nos tratamentos 1, 3 e 5.


Palavras-chave


espécie nativa, produção de mudas, recuperação de áreas degradadas

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