Análises fenólicas dos vinhos das variedades ‘Merlot’ e ‘Cabernet Sauvignon’ nas regiões de altitude de Santa Catarina
Resumo
Os compostos fenólicos, além da importância na enologia, têm gerado
interesse na ciência pelo potencial antioxidante e seus benefícios para a saúde humana. As condições climáticas particulares encontradas nas regiões de altitude de Santa Catarina favorecem o acúmulo de açúcares e compostos fenólicos, principalmente antocianinas, assim como, tem mostrado grande potencial na produção de vinhos finos com alta qualidade e elevado poder antioxidante. O objetivo com este trabalho foi determinar a composição fenólica dos vinhos das variedades ‘Merlot’ e ‘Cabernet Sauvignon’ nas regiões de São Joaquim e Campo Belo do Sul/SC, no ciclo 2014/15. Os experimentos foram realizados em dois
vinhedos no Estado de Santa Catarina. O primeiro localizado no município de Campo Belo do Sul, pertencente à Vinícola Abreu Garcia, situada a 950 metros de altitude. O segundo em São Joaquim, na Estação Experimental da EPAGRI, situada a 1400 metros de altitude. Foram utilizadas 60 plantas das variedades Merlot e Cabernet Sauvignon, distribuídas em quatro repetições de 15 plantas, em delineamento inteiramente casualizado. Na elaboração dos vinhos, foram utilizados 30 kg de uva de ambas as variedades e locais de estudos. As microvinificações foram realizadas no Laboratório de Enoquímica e Microvinificação da Estação Experimental de São Joaquim. Após 6 meses de guarda foram quantificados os polifenóis totais (PT), antocianinas monoméricas totais (AMT) e a atividade antioxidante in vitro pelos métodos de ABTS e DPPH. As variedades cultivadas em São Joaquim obtiveram maiores teores de PT (2019.68 mg L-1 para Merlot e 2628,87 mg L-1 para Cabernet Sauvignon) e AMT (195,07 mg L-1 para Merlot e 301,28 mg L-1 para Cabernet Sauvignon), com destaque para a Cabernet Sauvignon. Em ambas os locais de estudo, as variedades apresentaram elevada atividade antioxidante in vitro. As variedades cultivadas em São Joaquim obtiveram melhores resultados nas análises fenólicas avaliadas no ciclo 2014/15. As regiões de estudo se mostraram com grande potencial vitienológico para a produção de vinhos finos de alta qualidade.
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