Bioindicadores da qualidade do solo em sistemas agroflorestais

Cristiane Mariliz Stöcker, Alex Becker Monteiro, Adilson Luis Bamberg, Joel Henrique Cardoso, Tânia Beatriz Gamboa Araújo Morselli, Ana Claúdia Rodrigues de Lima

Resumo


A avaliação de ácaros e colêmbolos edáficos tem ganhado atenção com vistas ao seu uso como indicadores biológicos da qualidade do solo devido as importantes funções desempenhadas por estes indivíduos no solo. As análises dos parâmetros ecológicos, destes indivíduos em solos sob sistemas agroflorestais, em comparação com áreas de vegetação nativa (mata nativa), podem indicar direcionamentos da qualidade do solo com relação ao manejo adotado. Com base nisso, o objetivo deste trabalho foi avaliar a população de ácaros e colêmbolos em uma área cultivada com um sistema agroflorestal, comparando-as com uma área de mata nativa, na Estação Experimental Cascata-Embrapa Clima Temperado-Pelotas-RS. Para tal, amostras de solo foram coletadas com o auxílio de um cilindro metálico de volume conhecido, em três camadas (0,00-0,10 m, 0,10-0,20 m e 0,20-0,40 m). As amostras foram encaminhadas ao laboratório de biologia do solo da UFPel para a extração de ácaros e colêmbolos, utilizando-se o método do funil de Tullgren. Após o recolhimento dos organismos, estes foram identificados e contados como o auxílio de uma lupa. Foram capturados 441, 227 e 420 organismos edáficos nas camadas de 0,00-0,10 m, 0,10-0,20 m e 0,20-0,40 m, respectivamente. O solo sob área de mata nativa apresentou menor número de indivíduos e índice de dominância em comparação a área de solo sob sistema agroflorestal, mostrando que a diversidade de cobertura vegetal, bem como a sua incorporação, proporcionada pelo sistema agroflorestal, pode influenciar positivamente na população de ácaros e colêmbolos. O manejo da biomassa vegetal do sistema agroflorestal favorece a população de ácaros e colêmbolos.

Palavras-chave


Ácaros, colêmbolos, agrofloresta

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