FEIRAS LIVRES EM PELOTAS – RS: CARACTERIZAÇÃO E A COMERCIALIZAÇÃO DE VEGETAIS MINIMAMENTE PROCESSADOS
Resumo
As feiras livres constituem-se como um importante espaço de abastecimento urbano, fonte de renda para pequenos produtores rurais, assim como para aqueles que atuam exclusivamente como comerciantes. A variedade de produtos e preços destaca-se entre os fatores que viabilizam as feiras livres como relevante canal de comercialização. A concentração de comerciantes em um único local resulta em uma concorrência que apresenta impacto positivo na quantidade e nos preços dos produtos, o que atrai os consumidores. O consumidor é exigente em relação à qualidade dos produtos, assim como às condições de higiene do local, dos produtos e modo de exposição dos mesmos. Deste modo, objetivou-se neste trabalho caracterizar as feiras livres do município de Pelotas, assim como a produção e a comercialização de produtos minimamente processados presentes nas feiras. Através de revisão bibliográfica de dados disponíveis na Secretaria Municipal de Desenvolvimento Rural do município e de visitas aos locais foi possível caracterizar as feiras livres e enumerar as bancas que comercializam produtos minimamente processados. Posteriormente foram investigadas as condições higiênico-sanitárias destes produtos. As feiras livres são um importante setor de geração de trabalho e renda no município, devendo ser mais bem organizadas pelo setor público, com maior apoio e fiscalização. Quanto aos produtos minimamente processados, observa-se que grande parte dos produtores busca no processamento mínimo uma agregação de valor ao produto, mas principalmente um aproveitamento dos produtos visualmente não conformes. O município de Pelotas apresenta atualmente 40 pontos de feira livre, distribuídos em diversos locais da cidade, entretanto a maior concentração e número de feiras ainda ocorrem no Centro da cidade. Em relação à análise microbiológica, todas as amostras analisadas apresentaram valores inferiores aos limites máximos exigidos pela legislação. Ao final, recomenda-se a realização de ações educativas aos feirantes que reforcem a importância das boas práticas de manipulação de alimentos. No mesmo sentido, faz se necessário oferecer melhores condições de infraestrutura, nos locais, onde são realizadas as feiras livres, a fim de possibilitar melhores condições sanitárias e de higiene.
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