USO DE COBERTURA COMESTÍVEL À BASE DE AMIDO DE PINHÃO EM MORANGOS (Araucaria angustifolia)

Bruna Brandão Leite

Resumo


Diante da fragilidade do morango, somado a sua alta perecíbilidade devido sua acelerada atividade metabólica, este se constituí muito suscetível a ataques microbianos. Nesse sentido, o trabalho teve como principal objetivo testar coberturas comestível a base de amido de pinhão e gelatina (FAG) e avaliar o efeito de sua aplicação sobre a sua durabilidade pós-colheita. Para tanto, os morangos foram submetidos a 2 tratamentos: 1) controle (sem cobertura); 2) cobertura com amido de pinhão e gelatina (FAG). Realizou-se análises físico-químicas (perda de massa e pH) em ambos tratamentos durante armazenamento sob temperatura de refrigeração, feita nos tempos 0, 3, 6 e 8 dias. Os resultados obtidos foram submetidos à ANOVA e as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5 % de probabilidade. Deste modo, os frutos com tratamento FAG apresentaram menor perda de massa durante todo o período de armazenamento, no entanto, esses valores não foram estatisticamente significativos. Quanto a avaliação do pH, também não foi observado diferença significativa em relação ao tratamento controle, constatando que a cobertura, apesar de apresentar pH superior ao da fruta, não influencia nesses teores. Conclui-se que o uso do amido de pinhão propiciou o desenvolvimento de uma cobertura a base de amido para frutos não-climatéricos, sendo que os resultados podem ser aprimorados.


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Referências


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