DIFERENÇAS DO CORONAVÍRUS ENTRE ESPÉCIES

Helena Centeno Bastianello, Vitória Xavier Cabral, Larissa Gliosci Postal da Silva, Ana Luiza Cabral Risch

Resumo


O primeiro Coronavírus humano foi descoberto na década de 60, sendo descrito como Influenza, pesquisado juntamente à cepa B814, porém apresentava sintomatologia comum mas não se comportava como o mesmo vírus. A pesquisa não foi considerada por outros cientistas, que acreditavam ser imagens ruins do Influenza, reconhecida apenas 13 anos após a morte da pesquisadora. A família Coronaviridae divide-se em dois gêneros: o Alphacoronavirus, tendo as espécies CCoV (canídeos) e FCoV (felinos); e o Betacoronavirus, com as espécies SARS CoV—2 (novo Coronavirus 2019); SARS CoV (Severe Acute Respiratory Syndrome) e MERS CoV (Middle East Respiratory Syndrome). O objetivo do estudo foi buscar informações sobre as principais diferenças do Coronavírus que afetam humanos e animais. Foram realizadas pesquisas baseadas no levantamento de trabalhos científicos, matérias publicadas em revistas e sites. Os humanos são afetados pelas espécies do Betacoronavirus, o primeiro identificado SARS em 2003, e o MERS em 2012. Atualmente estamos vivendo uma pandemia causada pelo CoVID-19, da espécie SARS-CoV-2, registrando milhares de mortes e contágio em mais de 1 milhão de pessoas. A maioria dos vírus são adaptados à sua própria espécie hospedeira, não sendo considerados zoonoses. Isso deve-se à composição molecular específica dos ligantes na superfície de cada vírus, que para ocorrer infecção, necessitam ligar-se à outras moléculas próprias das células do hospedeiro. Além disso, as células respiratórias têm moléculas de superfície diferentes das células intestinais. Isso explica por que diferentes cepas de Coronavirus afetam diferentes espécies, e sistemas específicos dentro do organismo. Conclui-se que é importante ressaltar que não há transmissão direta entre diferentes espécies (spillover), mas que os animais podem ser vetores mecânicos pelo contato com superfícies contaminadas, por isso é importante salientar as técnicas corretas de higienização, e principalmente das patas, para que os mesmos não levem o vírus para dentro de casa.

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Referências


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