ANÁLISES MICROBIOLOGICAS DE AMOSTRAS DE ALIMENTOS REALIZADAS EM AULAS PRÁTICAS

Elisandra da Silva Ribeiro, Franciele Pinheiro Silva, Marcelo Dias Ribeiro, Stela Meister Meira

Resumo


A avaliação da qualidade microbiológica dos alimentos fornece informações quanto às condições de processamento, armazenamento e distribuição para o consumo, sua vida útil e quanto ao risco à saúde da população. Neste sentido, critérios microbiológicos são adotados para aprovação ou rejeição de produtos alimentícios e metodologias analíticas adequadas devem ser empregadas. Em aulas práticas da disciplina de Microbiologia de Alimentos, amostras de quindim foram avaliadas quanto à presença de Salmonella e amostras de doce de pêssego em calda e nozes pecã foram utilizadas para a análise de bolores e leveduras. Para as análises microbiológicas, foram empregadas metodologias oficiais e de referência. Os resultados obtidos foram comparados com a legislação vigente que estabelece padrões microbiológicos sanitários para alimentos e com estudos encontrados na literatura. A partir das provas bioquímicas realizadas, a amostra de quindim evidenciou ausência de Salmonella sp., o que denota conformidade com a legislação. O doce de pêssego analisado não evidenciou contaminação por bolores e leveduras, com resultado abaixo de 102 UFC/g, estando de acordo com o limite máximo estabelecido pela legislação.  Entretanto, o resultado obtido para análise de bolores e leveduras das nozes foi de 3,1x103 UFC/g não existindo parâmetro legal para este tipo de produto e podendo ser considerada uma quantidade adequada conforme pesquisa na literatura. Os resultados obtidos nas análises microbiológicas indicaram segurança para consumo e adequadas condições higiênico-sanitárias dos alimentos avaliados. Salienta-se, ainda, a importância das aulas desenvolvidas em laboratório, oportunizando aos alunos experimentação prática para melhor aprendizagem do conteúdo de microbiologia de alimentos e preparo para o mercado de trabalho.

 Palavras-chave: microrganismos; alimentos; Salmonella; bolores e leveduras.


Texto completo:

PDF

Referências


REFERÊNCIAS

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Ministério da Saúde. Resolução RDC nº 12, de 02 de janeiro de 2001. Regulamento técnico sobre padrões microbiológicos para alimentos. Brasília, Diário Oficial da União, 2001.

BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Instrução Normativa Nº62 de 26 de agosto de 2003. Métodos de Analíticos Oficiais para Análises Microbiológicas para controle de Produtos de Origem Animal e Água. Brasília, Diário Oficial da União, 2003.

GONÇALVES, B; SANTANA, L & PELEGRINI, P. Micotoxinas: uma revisão sobre as principais doenças desencadeadas no organismo humano e animal. Revista de Saúde da Faciplac, v.4, n.1, 2017.

GRANADA, G. G.; MENDONÇA, C. R. B.; PORTO, C. et al. Perfil higiênico-sanitário de quindins comercializados em Pelotas/RS. Alimentos e Nutrição, v. 14, n.1, p. 57-61, 2003.

ORO, T. Composição nutricional, compostos bioativos e vida de prateleira de noz e óleo prensado a frio de noz-pecã. Dissertação de mestrado. Programa de Pós-Graduação em Ciência de Alimentos. Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, 2007.

PEIXOTO, D.; WECKWERH, P. H. & SIMIONATO, E. M. R. S. Avaliação da qualidade microbiológica de produtos de confeitaria comercializados na cidade de Ribeirão Preto/SP. Alimentos e Nutrição, v.20, n.4, p. 611-615, 2009.

SILVA, A. J. H.; ANJOS, C. P; NOGUEIRA, L. S. et al. Salmonella spp. um agente patogênico veiculado em alimentos. Encontro de Extensão, Docência e Iniciação Científica, v. 5., n. 1., 2018.

SILVA, N. Manual de métodos de análise microbiológica de alimentos. 3. ed. São Paulo: Varela, 2007.


Apontamentos

  • Não há apontamentos.