A INFLUÊNCIA DAS VARIAÇÕES CLIMÁTICAS E EXPOSIÇÃO AO TABACO EM CRIANÇAS INTERNADAS NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DR. MARIO ARAÚJO DA URCAMP NO ANO DE 2015

LARISSA PACHECO FERRAZ, KAROLINA MACHADO MELLO, MAÍSA MAIARA PADILHA RODRIGUES, MARIANE MADRUGA de MOURA, EUDA CÉLIA RAMOS SOUSA, JÚLIO CÉSAR MARKUS

Resumo


As mudanças climáticas podem gerar impacto sobre a saúde da população por diferentes vias, ampliando o risco de doenças. Para tanto, as doenças respiratórias em crianças merecem ênfase já que são motivadas por variações de temperatura, umidade, queimadas e inversões térmicas que concentram a poluição e afetando assim, a qualidade do ar. No ano da realização da pesquisa (2015), as variações climáticas ocorreram de forma mais intensa na nossa região, influenciada pelo fenômeno El Niño, com longos períodos de chuva, umidade e alterações bruscas de temperatura. O presente estudo visou avaliar as principais patologias que levaram à internação de crianças no Hospital Universitário Dr. Mário Araújo da Urcamp/Bagé. Trata-se de uma pesquisa documental de caráter quantitativo e exploratório, executado junto aos prontuários de atendimento do serviço de Fisioterapia, no período de janeiro à primeira quinzena de novembro de 2015. Ao total foram 175 crianças de ambos os sexos onde, utilizou-se como critérios para a análise: o fator de internação, faixa etária, mês da internação e exposição ao tabaco. Como resultado em relação ao fator de internação, obtivemos a Infecção Respiratória Aguda- IRA (43%) como a doença de maior ocorrência. Já na faixa etária o maior percentual encontrado foi entre as crianças de zero a dois anos (65%). Assim como, pode-se verificar que houve valores semelhantes entre aquelas crianças que foram expostas ao tabaco (20%) e as que não foram (21%), porém, neste aspecto a pesquisa prevaleceu à ausência de informações a respeito da exposição da criança ao fumo (59%), o que pode ser encarado como uma falha importante nas avaliações fisioterápicas ou também pode ter sido omitida pelos pais. A incidência de internações foi significativamente maior nos períodos de transição entre as estações, particularmente nos meses mais frios do ano, junho e julho. (39%). Ao comparar o estudo com os referenciais bibliográficos, constatou-se que a idade mais prejudicada com as variações climáticas é de 0 a 2 anos, haja vista serem uma população mais frágil. Na nossa realidade em função de um ano atípico do ponto de vista climático poderíamos relacionar uma maior internação na época mais fria do ano, todavia seria necessário aprofundar nossa análise na medida em que os outros fatores climáticos como umidade, chuva, inversões térmicas que não constam nos prontuários e poderiam intervir no resultado.


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