Projeto Gestar, amamentação e parto cesáreo.

Camila Nova de Sousa, Maria Helena Deble Pinto, Letícia Bianca Janzen Martins, Larissa Pacheco Ferraz, Jéssica Schiavini, Vera Maria de Souza Bortolini

Resumo


Como a gestação é uma fase de transformação do organismo, é necessário uma adaptação da mulher às novas condições físicas. À medida que o bebê se desenvolve, ocorre a tentativa de compensar um novo centro de gravidade assumido pelo corpo, além disso, há alterações hormonais importantes que leva a gestante ter enjoos, produção do leite materno, constipação devido às mudanças que o corpo passa, sendo assim, as necessidades nutricionais aumentam e alimentar-se bem se torna prioridade. O leite materno é o alimento de escolha para o lactente por tratar-se de alimento nutricionalmente adequado para o recém-nascido, adaptado ao metabolismo deste, sendo de fácil digestão e absorção. A eficiência de medidas de intervenção para promover o aleitamento depende, principalmente, da identificação de mães com risco aumentado de não iniciar ou interromper precocemente a lactação. Esse risco tem sido associado, dentre outros fatores, com o tipo de parto, particularmente com cesarianas. Teoricamente, o parto por cesárea é um fator de risco para a amamentação. O projeto Gestar aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos – CEP/URCAMP, com renovação anual, tem como objetivo desenvolver ações de prevenção e promoção da saúde em gestantes assistidas no Núcleo de Pesquisa e Atenção à Saúde (NPAS) da Universidade da Região da Campanha/ URCAMP. Este projeto proporciona  uma troca de experiência entre os acadêmicos de fisioterapia, nutrição, docentes e gestantes.  Durante os encontros ocorrem  rodas de conversas interativas, com distribuição de material educativo na  sala de espera, todas as quintas a partir das 08h ate às 09h e 30 min, no NPAS .São abordados temas de interesse das gestantes sobre: aleitamento materno, principais nutrientes na gestação, alterações no bebê pela falta de vitaminas e alterações nutricionais na gestação (náuseas e enjoos, pré-eclâmpsia, síndrome de PICA e constipação).  Após a assinatura do Termo de Consentimento Livre Esclarecido, foi aplicado um instrumento de pesquisa com o objetivo de verificar os dados de saúde das gestantes. Para análise dos dados foi utilizado o programa estatístico Epi Data 3.1 e Epi Analyse.  Analisando os resultados, observou-se que das 25 gestantes entrevistadas, durante o primeiro semestre de 2016, 17 já possuíam filhos.   Cinco destas gestantes  não amamentaram e  4 (80%) tiveram  parto cesárea. Observando a variável amamentação e consumo de bebidas alcoólicas, verificou-se que, 12 gestantes que amamentaram, 16,7% (n=2) relataram que bebiam às vezes. Em relação às variáveis tipo de parto e idade, das 25 entrevistadas, com idade entre 20 a 35 anos, 8 realizaram parto cesáreo e 6 parto normal. Neste estudo observou-se que o parto cesáreo exerceu influencia na amamentação, mostrando a necessidade da continuidade das ações educativas para o incentivo ao parto normal e ao aleitamento materno.   

 

Palavras-chave: Parto cesáreo, aleitamento materno, projeto.  


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