LEVANTAMENTO DE LIANAS NA MATA CILIAR DO RIO IBIRAPUITÃ NA FAZENDA SANTA RITA, ALEGRETE/RS

RAFAEL DORNELES, Dienifer Noetzold Blaskesi Silveira, Vanisia de Souza Dias, Fabiano da Silva Alves

Resumo


Este trabalho apresenta dados parciais referentes ao levantamento de espécies de lianas (trepadeiras) que compõem a mata ciliar do rio Ibirapuitã na área da fazenda Santa Rita, Alegrete – RS. As lianas (plantas trepadeiras lenhosas) são incapazes de se auto-sustentar. Após alcançar uma altura considerável, geralmente cerca de 1 metro, necessitam do auxílio de um suporte, pois seu caule não tem estrutura suficiente para se sustentar verticalmente. A fazenda Santa Rita localiza-se à aproximadamente 15 km de distância, ao sul da cidade de Alegrete e possui duas áreas disjuntas, separadas, “grosso modo”, no sentido sul/norte pelo rio Ibirapuitã. O local de realização deste estudo compreende a mata ciliar do rio Ibirapuitã, presente na área leste da fazenda Santa Rita, a qual possui cerca de 2 km de comprimento e largura amplamente variável, desde zero a 180 metros. Isto posto, a presente investigação foi desenvolvida com o objetivo de ampliar o registro de distribuição geográfica das espécies já conhecidas, bem como investigar a possível existência de novas espécies na região. Para georreferenciamento da área em estudo foi utilizado o aparelho receptor GPS marca Garmin GPS Map 60CSx, o software GPS TrackMaker Professional Versão 4.9, a base cartográfica vetorial do Rio Grande do Sul, imagens de satélite Google Earth 2016, o software CorelDRAW X7, registros visuais e fotográficos obtidos durante os trabalhos de campo. Para o levantamento das Lianas foi aplicado o método de caminhamento em diferentes áreas, sendo que as espécies foram previamente identificadas “in loco” e, mesmo assim foram coletados materiais vegetativos e reprodutivos para posterior identificação precisa em laboratório com o auxílio de chaves taxonômicas e bibliografias especializadas. As amostragens revelaram até o presente momento a ocorrência de 10 espécies pertencentes a 9 gêneros e 7 famílias botânicas, sendo estas: Apocynaceae – Forsteronia glabrescens Müell; Bignoniaceae -  Bignonia callistegioides Cham.; Dolichandra cynanchoides Cham.; Dolichandra unguis-cati (L.)A.H. Gentry; Passifloraceae – Passiflora caerulea L.; Sapindaceae – Paullinia elegans Cambess.; Serjania meridionalis Cambess.; Smilacaceae – Smilax campestris GRISEB.; Solanaceae – Solanum laxum Spreng.; e Vitaceae – Cissuss striata Ruiz et Pav. Embora com resultados parciais, espera-se que este trabalho, que revela a grande diversidade vegetal existente nos ecossistemas ciliares da região, sirva de subsídios à futuras investigações científicas e como instrumento de apoio às políticas públicas e atividades de educação e gestão ambiental, em todo o oeste do Rio Grande do Sul.


Palavras-chave


gestão ambiental; diversidade vegetal; famílias botânicas;

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