PERCEPÇÕES SOBRE O CONHECIMENTO DE PROFESSORES DE UMA ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO DE BAGÉ/RS SOBRE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO

GEORGINA MARTINS FREITAS, FRANCIÉLLI FERNANDES MOREIRA, MÔNICA PALOMINO DE LOS SANTOS

Resumo


Introdução: O professor de ensino fundamental desempenha um papel relevante na realização de ações em Educação Nutricional e Alimentar no cenário escolar, fornecendo, também, um ambiente para promoção de práticas de hábitos saudáveis e influenciando o comportamento alimentar dos alunos. Objetivo: O objetivo deste estudo foi verificar conhecimentos de educadores no âmbito escolar em relação à Alimentação e Nutrição e analisar a compreensão dos professores, como agentes no processo de promoção e formação de hábitos alimentares na comunidade escolar. Metodologia: O estudo foi realizado em uma Escola de Ensino Fundamental da rede Municipal de Bagé, RS. Como instrumento de avaliação, foi utilizado um questionário com perguntas fechadas, para avaliar o grau de conhecimento em relação aos temas sobre alimentação e nutrição e verificar se existe a consciência da importância da promoção de hábitos e práticas alimentares saudáveis dentro da escola. Na tabulação dos dados, foi utilizado o programa EpiData Analysis. Tendo como parâmetro de referência o Guia Alimentar para População Brasileira. Resultados: Participaram da pesquisa 20 docentes, todas do sexo feminino. No qual 25% (n= 5) discordavam ou não sabiam se tinham competência para incluir nutrição e alimentação em suas aulas, assim como 30% (n= 6) não possuíam materiais de apoio para introduzi-los em sua matéria, 30% (n= 6) não achavam ter competência para colocar alimentação e nutrição em seus planos de aula. Sobre conhecimentos de Alimentação Saudável 90% (n= 18) acreditavam possuir. Todas concordaram que os produtos industrializados têm uma relação com doenças crônicas, porém, 55% (n= 11) não concordam que o prato típico brasileiro, arroz e feijão, é uma combinação alimentar saudável e completa em proteínas. Ao se falar em gorduras, 65% (n= 13) acham que uma alimentação balanceada não deve conte-las, 60% (n= 12) dos indivíduos não acreditam que alimentos ricos em carboidratos devem ser o principal componente da maioria das refeições, 35% (n= 7) não concordam que o leite seja uma fonte rica em proteína, 40% (n= 8) usam guloseimas como incentivo ou como tratamento especial para os alunos, 30% (n= 6) não se consideram um agente nas ações de promoção da alimentação saudável para com os alunos. Conclusão: Conclui-se que nem todos docentes apresentam uma compreensão adequada sobre o que é uma alimentação balanceada e grande parte não se sente um agente na promoção de hábitos alimentares adequados perante aos alunos. Desta maneira, torna-se necessário a busca por intervenções, como a formação e o aperfeiçoamento desses profissionais, para que se tornem conscientizados e capazes para compartilhar o conhecimento sobre a educação alimentar, e inclui-la em seus planos de aula.


Palavras-chave


nutrição, professores, hábitos alimentares

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