Produção de mudas de Cravo Gigante (Dianthus caryophyllus L) em ambiente protegido

GABRIEL PEREIRA PITANA, Ana Cláudia Kalil Huber, Leonardo Ulguim Laguna, Leandra do Couto Garcia, Lilian Aranda Peres

Resumo


A floricultura brasileira tem crescido muito nestas ultimas décadas, principalmente após a criação de diversas empresas, cooperativas, que juntas promovem trocas de experiências, buscando novas tecnologias. O cravo pode ser cultivado em jardins ou em vasos, e também cultivado em plantações para abastecer o mercado de flores de corte, sendo uma das mais populares flores do mundo, apesar de exigir um clima ameno para seu cultivo. São plantas nativas da região Mediterrâneo, o gênero Dianthus spp caracteriza por ser exigente nas condições ambientais na produção de flores, como temperatura médias e alta radiação solar. O objetivo do trabalho foi avaliar diferentes misturas de substratos para produção de mudas comerciais de cravo em ambiente protegido. O trabalho foi realizado no período entre os dias 5 de maio a 7 de agosto de 2017, em ambiente protegido numa casa de vegetação modelo arco, localizado no Instituto Biotecnológico de Reprodução Vegetal – Intec, vinculado a Universidade da Região da Campanha – Urcamp, em Bagé, Rio Grande do Sul, situada entre as coordenadas latitudes: 31° 19' 43'' Sul Longitudes: 54° 6' 26'' Oeste, altitude de 214m.  A estrutura da casa de vegetação, é de aço galvanizado coberta com filme de baixa densidade (PEBD), instalada no sentido norte-sul, com 20m².  O delineamento utilizado foi inteiramente casualizados, com quatro tratamentos: T1: testemunha com 100% substrato comercial (Tropstrat®), T2: 50% húmus bovino e 50% casca de arroz carbonizada, T3: 50% húmus bovino e 50% casca de arroz carbinizada, T4: 50% húmus bovino e 50% fibra de coco. A semeadura do cravo foi realizada em bandejas de polipropileno de cor preta de 50 células, formato trapezoidal e volume de 85cm3 por célula. Quando as plantas alcançaram 5 a 8cm foram transplantadas para vasos plásticos com volume de 500cm3. O fertilizante orgânico (húmus bovino) foi produzido no processo de vermicompostagem (esterco bovino leiteiro) realizado por minhocas da Califórnia (Eisenia foetida). As irrigações foram realizadas manualmente, usando regadores com água uma vez ao dia. Aos 63 dias foi analisada as variáveis agronômicas altura da muda com uma régua milimetrada, diâmetro do colo com auxilio de um paquímetro digital e contagem das folhas. Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias ao teste Duncan ao nível de 5% de probabilidade utilizando o programa SASM-Agri (2001). Os tratamentos com melhores resultados para a varável altura da parte aérea foram com 50% de casca de arroz carbonizada e 50% de fibra de coco adicionada ao húmus bovino diferindo estatisticamente da testemunha. Para a variável diâmetro de colo não houve diferença estatística entre os tratamentos. O tratamento com 50% de fibra de coco obteve maior numero de folhas em relação aos demais tratamentos. Nas condições e época que o trabalho foi realizado e em função dos resultados obtidos, pode-se concluir que a cultivar de cravo gigante conduzida em vaso com a utilização de húmus bovino mais fibra de coco, obteve melhor resultado.


Palavras-chave


húmus bovino; diâmetro de colo; casca de arroz.

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