AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO DOS PROFESSORES DO CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DA URCAMP SOBRE OSTEOGÊNESE IMPERFEITA - A DOENÇA DOS OSSOS DE VIDRO

Guilherme Cassão Marques Bragança, NATHALIA FERREIRA, Marion Padilha, Morgana Camargo, Nathália Brasil

Resumo


Introdução: A osteogênese imperfeita é uma doença genética que acomete ambos os sexos, afetando a estrutura e a função do colágeno tipo I. No Brasil, sua incidência é desconhecida, embora os relatos sejam crescentes nos últimos 10 anos, porém nos Estados Unidos sua estimativa é de 1 caso para 15.000 a 25.000 nascidos vivos. Os sinais mais frequentes e evidentes são fraturas, que acontecem mesmo com movimentos suaves, na realização de tarefas comuns do cotidiano, como escovar os dentes, por isso ficou popularmente conhecida como doença dos “ossos de vidro”. Não existe cura para essa patologia, mas existe tratamento sintomático e assim, possibilidade de uma vida com maior qualidade. Este tratamento pode ou não ser medicamentoso. Este trabalho justifica-se no fato de muitas patologias ainda não serem conhecidas pela comunidade acadêmica (docentes e discentes), muitas vezes, por terem sido descobertas há pouco tempo, ou mesmo, por serem de menor incidência na população brasileira. Objetivo: Objetivou-se avaliar o conhecimento dos professores do Centro de Ciências da Saúde (CCS) da URCAMP, Campus Bagé, sobre osteogênese imperfeita. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal, cuja coleta de dados se deu por meio da aplicação de questionário aberto e fechado aos professores, objeto de pesquisa. Resultados: Participaram do estudo, 14 docentes que aceitaram responder ao questionário. Com base nos dados obtidos pela aplicação do questionário sobre a patologia osteogênese imperfeita, observou-se que 28,5% dos professores do CCS conhecem a doença. Ainda nesse sentido, dos entrevistados 50% tem idade de 45 a 54 anos, desses, 21,4% conheceram a doença na universidade, o restante em outro local ou não responderam. Todos que souberam definir brevemente a patologia, expuseram que não há cura, mas há tratamento (28,5%), a mesma quantidade crê que o paciente já nasce com a doença. Dos profissionais da saúde que participaram 37,5% discorreu que ocorre em ambos os sexos, e 14,2% souberam descrever sintomas. Conclusão: A osteogênese imperfeita, como já sabemos é uma patologia de alta gravidade, e não há cura. A pesquisa realizada com os professores que são na sua totalidade profissionais de saúde, revela que esta é uma doença pouco conhecida, necessitando de maiores abordagens. Mais de 70% dos entrevistados não sabiam o que significava, nem ao menos haviam ouvido falar na doença. Todavia, cabe ressaltar que muitos se dispuseram a pesquisar sobre o assunto, e demonstraram grande interesse em receber maiores informações sobre osteogênese imperfeita. Os dados recolhidos foram de suma importância, pois abordaram um tema ainda muito conhecido, além do que despertou curiosidade e busca por conhecimentos. Mas ainda há uma grande necessidade de divulgação, até mesmo de outras patologias, para expandir cada vez mais a notoriedade destas doenças. Reforça-se a necessidade de ações que tragam informações mais detalhadas sobre as patologias que têm apresentado aumento de incidência em nosso país.

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