UTILIZAÇÃO DE MEMBRANAS BIOLÓGICAS NO TRATAMENTO DE FERIMENTOS EM MEDICINA VETERINÁRIA

Luciana Araújo Lins, LARISSA LUZ GONÇALVES

Resumo


Introdução: Na tentativa de diminuir o tempo de cicatrização das feridas, vem-se utilizando diversos materiais para suas coberturas buscando manter o ambiente propício a uma reparação tissular mais rápida, com pouca ou nenhuma sequela. Um fator de grande importância no tratamento de feridas é a sua proteção contra traumatismos adicionais. Esta proteção é obtida por meio de bandagens oclusivas que visam evitar a formação de hematomas, seromas e edemas, obliterar o espaço morto, reduzir a motilidade excessiva das bordas, diminuir as perdas de calor e de água que se processam através da superfície das lesões. Entretanto a função mais importante das bandagens é proteger a ferida contra contaminações. Entre diversos materiais utilizados como bandagens, as membranas biológicas tem despertado o interesse de inúmeros pesquisadores, pois são consideradas ideais devido a sua antigenicidade, além de apresentar em sua constituição, fatores de crescimento celular. Objetivo: Este trabalho teve como objetivo apresentar, em forma de revisão bibliográfica, a utilização de membranas biológicas no tratamento e cicatrização de ferimentos na medicina veterinária. Metodologia: O presente trabalho foi realizado através de uma revisão de literatura, baseado no levantamento de trabalhos científicos e outras revisões bibliográficas sobre o uso das membranas biológicas no tratamento de ferimentos em animais. Dentre as membranas biológicas utilizadas na medicina veterinária, devemos destacar membrana amniótica ou âmnio de equinos, pericárdio canino ou equino, camada submucosa de intestino delgado de suínos, matriz de colágeno bovino ou suíno e pele de Tilápia. Resultados: As membranas biológicas vêm sendo empregadas há algum tempo tanto na medicina humana, quanto na veterinária. Diversos estudos demonstram resultados positivos em relação a o tratamento e cicatrização de ferimentos. As membranas biológicas se aderem às feridas em duas fases, a primeira é fibrino-colágenodependente e ocorre dentro de 24 horas após a sua aplicação, a segunda é fibrovascular e se desenvolve de 24 a 72 horas. O comportamento destas fases vai promover ou não a aderência da membrana com consequente formação de bolsas, favorecendo o crescimento de microrganismos. A membrana amniótica tem importância crescente por suas características, como baixa antigenicidade, capacidade de diminuir o exsudado local e aderências, acelerar a reepitelização, reduzir a dor local e, ainda agir como substrato para o crescimento de tecido. Outra característica que alguns estudos mostraram, é que a membrana amniótica poderia diminuir a contração da cicatriz em sua fase de maturação, tornando a área final com características macroscópicas mais semelhantes à da pele local. Considerações finais: As membranas biológicas aparecem como uma ótima opção no tratamento de ferimentos, além de sua antigenicidade e fatores que auxiliam no crescimento celular e cicatrização, possuem baixo custo.

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