PRESENÇA DE SEMENTES DURAS EM SEMENTES DE CORNICHÃO, TREVO BRANCO E TREVO VERMELHO E PADRÃO DE GERMINAÇÃO MÍNIMO PARA COMERCIALIZAÇÃO

ADRIELI ULRICH, Ana Carolina Silveira da Silva, Monike Ramires, Gustavo Martins da Silva, Fernando Menezes

Resumo


A pecuária é uma das principais atividades econômicas na Região Sul do Brasil, que se destaca pelos sistemas produtivos com base em campo nativo ou pastagens cultivadas. No estabelecimento de uma pastagem cultivada, o insumo mais importante é a semente, cuja qualidade contém os atributos genéticos, fisiológicos, físicos, e sanitários que devem atender os padrões específicos de produção e comercialização. Em relação as plantas leguminosas, elas possuem característica da presença de sementes duras que possibilita que elas persistem e sobrevivam no solo por diferentes períodos de tempo. Este mecanismo ecológico é a dormência que essas sementes duras contêm, ou seja, é um bloqueio físico representado pelo tegumento resistente e impermeável que, quando impede o trânsito da água e as trocas gasosas, não possibilita a embebição da semente nem a oxigenação do embrião e assim elas permanecem da mesma aparência e tamanho, após o término da análise de germinação feita em laboratório. O objetivo desse estudo foi analisar os dados de germinação e presença de sementes duras em amostras de sementes de cornichão (Lotus corniculatus L.), trevo branco (Trifolium repens L.) e trevo vermelho (Trifolium pratense L.), recebidas no Laboratório de Análise de Sementes do Instituto Biotecnológico Vegetal, da URCAMP. Foram levantados dados de germinação e percentual de sementes duras, de 283 amostras analisadas entre os anos de 2007 a 2018. Os dados foram sistematizados, obtendo-se as médias de germinação e sementes duras por espécie, em cada ano de produção, e verificando a conformidade com o padrão de germinação para comercialização de sementes de cornichão, trevo branco e trevo vermelho, respectivamente, 70%, 80% e 70%. Das amostras de sementes analisadas: 154 cornichão, 69 de trevo branco e 60 de trevo vermelho, respectivamente, 19%, 26% e 68% atingiram o padrão de germinação para comercialização sem efetuar a soma com as sementes duras. Quando realizada esta soma, o percentual de amostras, das respectivas espécies, dentro do padrão atinge a 70%, 75% e 82%. Considerando a soma da média de germinação e sementes duras, por espécie, durante os doze anos avaliados, as amostras de sementes de cornichão, trevo branco e trevo vermelho alcançariam o padrão para comercialização em todos anos, exceto no ano de 2008 para o trevo vermelho, 2013 para o cornichão e, em 2015, para o cornichão e o trevo branco. A maioria das amostras de sementes analisadas não atingiram a germinação mínima estabelecida para comercialização de sementes, exceto quando somada ao percentual de sementes duras.

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