PARTO DISTÓCICO DE TERNEIRO BULLDOG: RELATO DE CASO

Gabriel Teixeira Capra, Patrícia de Freitas Salla, Marcéu Stramar Carneiro

Resumo


Introdução: Condrodisplasia é uma malformação congênita e na maioria dos casos de transmissão hereditária, caracterizada formação anormal da cartilagem de crescimento intersticial dos ossos longos que resulta no crescimento longitudinal anormal e diminuído dos ossos identificado como uma das mais comuns malformações encontradas no homem e nos animais. Duas formas básicas apresenta-se: nanismo proporcional e o nanismo desproporcional, desta formam as apresentações fenotípicas são de diversos tipos e classificam-se, em características morfológicas, em tipo bulldog , tipo Telemark, tipo snorter. As diversas formas deste defeito são observadas em várias raças. Nanismo proporcional hereditário foi diagnosticado na raça Angus. Objetivo: Relatar o caso de um parto distócico de um terneiro bulldog. Relato de caso: No município de Cachoeira do Sul, fomos chamados para um atendimento com parto distócico, em vaca. Com mais 12 horas de trabalho de parto fomos acionados. O relato dos donos foi que a paciente já estava em trabalho de parto desde cedo da manhã, e muito inquieta. A paciente estava na mangueira, ao nos aproximar, a vaca havia conseguido expulsar o terneiro, dando a luz a um monstro. Com má formação, sem pelos, muito grande, de coloração acastanhada. A vaca foi palpada, para ver se tinha expulsado a placenta, envoltórios fetais, e foi diagnosticado que ainda havia alguns restos placentários. O animal apresentava muita dor e cansaço. Depois de alguns minutos ela levantou normalmente sem ajuda. No tronco, se fez a remoção, e aplicações de antibiótico, anti-inflamatório, analgésico e ocitocina. Resultados: O relato apresentado confirma o diagnóstico realizado em por alguns pesquisadores e reforça a importância de relatar os achados acidentais destas malformações. Estudos realizados entre 2001 e 2007, analisando 307 casos de anomalias fetos bovinos abortados, dentre esses, 3,25% apresentaram anomalias, com idade gestacional entre 6 a 8 meses. Dados de 11 anos, baseados em informações das fichas clínicos em uma rotina hospitalar, de 397 vacas com distocias fetais. Identificaram 27 anomalias fetais. Os monstros fetais simples e os monstros fetais complexos representaram 6,8% dos casos. Distúrbios congênitos variam desde pequenos desvios, defeitos moderados, defeitos graves e também monstruosidades. No tipo bulldog os ossos, reduzidos de tamanho, caracterizam-se pela perda da diferenciação do disco epifisário, observando-se um acúmulo desordenado de condrócitos e uma matriz fibrilar circundando vasos sanguíneos. Há defeituosa calcificação endocondral nas placas epifisárias e redução no comprimento dos ossos longos. Observando estes relatos, notamos a importância de um acompanhamento veterinário na gestação. Para serem identificadas anormalidades podendo ser corrigidas, como por exemplo: descarte da fêmea, indução de parto. Tendo estes cuidados observamos que o medico veterinário, não seja chamado apenas nos partos distócicos, assim podendo evitar prejuízos maiores. Também se observa o uso indiscriminado de medicamentos que são contraindicados na gestação, que geram morte embrionária ou transformações nos fetos. É importante após identificadas estas malformações, relatar o caso para que possamos entender a existência, destas patologias.Conclusão: O acompanhamento deve ser feito sempre em animais a campo para que sejam identificados problemas, individuais, genéticos, adquiridos evitando a permanência de anormalidades.

Texto completo:

PDF

Apontamentos

  • Não há apontamentos.