USO DA MULETA DE THOMAS ADAPTADA EM UM EQUINO COM FRATURA DE FEMUR - RELATO DE CASO

LUIZ LOPES

Resumo


USO DA MULETA DE THOMAS ADAPTADA EM UM EQUINO COM FRATURA DE FEMUR – RELATO DE CASO

 

Agressões envolvendo tecido ósseo em equinos, são consideradas situações emergenciais, essas podem ser de origem traumáticas direta, indireta, e ou devido ao desequilíbrio nutricional, bem como por fatores sistêmicos oriundos de enfermidades como raquitismo e osteomalácia. As fraturas se classificam em simples ou compostas, e ainda se designam em abertas ou fechadas. Bem como recebem especificações particulares de acordo com a estrutura anatômica envolvida. Fraturas em regiões proximais dos membros, envolvendo uma grande massa tecidual, o que torna praticamente difícil tratamento e prognóstico desfavorável. Diversos são os protocolos utilizados para estabilização da estrutura óssea lesada, afins de, sua recuperação. O uso da muleta de Thomas é bastante aplicada em pequenos animais com efeitos satisfatórios, tem por finalidade a imobilização do membro por inteiro. O objetivo deste estudo é descrever o caso de um potro apresentando fratura de fêmur, sendo utilizado no pós-cirúrgico a muleta de Thomas.Foi encaminhado para, Hospital de Clinicas Veterinárias Raul de Abreu URCAMP, um potro macho de aproximadamente três meses de idade, da raça Crioula, com fratura diafisaria da porção distal do fêmur. Após avaliação clinica e laboratorial o mesmo foi encaminhado para cirúrgia de reconstituição da fratura. Para este fin optou-se pelo uso de pinos de Kirschner e ciclagem com fio de aço cirúrgico. Após foi feito uma muleta de Thomas, previamente moldada de acordo com estrutura física do animal, e mantido suspenso até consolidação óssea. No pós-operatório foram utilizados antibióticoterapia a base de Penicilina G procaína (22.000 UI/kg) IM SID durante sete dias, e anti-inflamatório Fenilbutazona (2.2mg/kg) IV SID por cinco dias. E suplementação com Carbonato de Cálcio (30g/animal) VO diariamente, e suporte de acordo com as necessidades apresentadas. Após quatro meses de avaliação radiológica foi evidente a consolidação da fratura, caracterizada por formação de calo fibroso. A muleta de Thomas foi de fundamental importância na recuperação do individuo, pois manteve o membro imobilizado, evitando desta forma que a fixação cirúrgica não se deslocasse, bem como não tirando totalmente o apoio do membro afetado, contradizendo o que é descrito, pois esta é indicada somente para fraturas abaixo do úmero e fêmur. O que favoreceu a recuperação e a andadura após remoção da mesma, após cinco meses, obtento a alta clínica. A utilização desta técnica é uma opção nos casos de fraturas, apresenta baixo custo beneficio e excelentes resultados, quando utilizada adequadamente, dentre outros fatores.

 


Palavras-chave


Equino, fratura, muleta de Thomas adaptada.

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