SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL EM SÃO GABRIEL/RS

MELISSA BORTOLIN MARTINS, ALZIRA ELAINE MELO LEAL

Resumo


O conceito de sustentabilidade tornou-se muito conhecido entre empresas e pesquisadores, sendo uma ferramenta teórica muito útil para ilustrar a importância de uma visão da sustentabilidade mais ampla, além de uma mera sustentabilidade econômica. O desenvolvimento sustentável vem se tornando um recurso amplamente adotado nas estratégias organizacionais e de políticas públicas, assim sendo, muitas organizações têm se dedicado ao desafio de colocá-lo em prática. A responsabilidade com a conservação do meio ambiente em equilíbrio com o progresso das condições socioeconômicas da população é ressaltada pelo desenvolvimento sustentável das organizações, ou, sustentabilidade empresarial, apoiando-se, desta maneira, no seguinte trinômio: eficiência econômica, eficácia social e ambiental. O Brasil está entre as maiores economias do mundo e é um dos principais países com importante potencial de redução das emissões de GEE (gases de efeito estufa) no planeta. As emissões por desmatamento, que corresponderam 65% do total das emissões brasileiras em 2005, caíram significativamente na última década. O estudo da sustentabilidade empresarial no município de São Gabriel, RS, torna-se de grande relevância e tem como objetivo compreender a efetividade das ações sustentáveis nas empresas, verificando se há aplicação prática de ações sustentáveis. A investigação de campo foi realizada no município de São Gabriel em 14 empresas de variados setores, sem critério específico para escolha das mesmas. O material utilizado para a obtenção dos dados foi um questionário contendo dezessete questões fechadas e duas abertas. Na análise dos resultados utilizou-se a escala de Likert. Constatou-se que 57,1% das empresas possuem alguma norma relativa a sustentabilidade; entretanto, 42,9% dos empresários afirmam que há funcionários que não tem interesse/conhecimento no tema abordado. Quanto à coleta seletiva de lixo, apenas 50% dos entrevistados utilizam-na, mas, 71,4% dispõe de processos de descarte de resíduos, e, apenas 21,4% das empresas tem alguma receita gerada com esse procedimento. Sobre a possibilidade de implantação de novos projetos sustentáveis na empresa 57,1% dos empresários afirmam que há possibilidade, mas, apenas 28,6% das empresas possuem algum recurso extra para este fim. Por fim, 35,7% dos empresários afirmam que não há incentivo da prefeitura ou outro órgão governamental para ações sustentáveis. Nas questões abertas nota-se que as maiores dificuldades encontradas são os custos e a falta de conhecimento. A atividade sustentável mais utilizada entre os entrevistados é a coleta seletiva do lixo. Conclui-se que, para muitas empresas, não há receita gerada com descarte de resíduos e isso acaba se tornando apenas um gasto extra e como não há incentivo algum para microempreendedores por parte da prefeitura e órgãos governamentais, o tema sustentabilidade acaba sendo deixado de lado em fronte a outros que são considerados mais relevantes aos empresários. 


Palavras-chave


Sustentabilidade Empresarial; Desenvolvimento Sustentável; Gestão e Planejamento.

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