Bronquiolite Aguda: revisão bibliográfica

Thais Belem Langbecker, Andressa dos Santos Ritta, Aline Soares Eisenhardt, Mariele Marques Zamberlan, Paula Britto Gomes, Nilvânia Hainzenreder Pereira

Resumo


A bronquiolite aguda (BA) é uma doença respiratória resultante de uma inflamação das últimas ramificações dos brônquios, os bronquíolos, determinando obstrução do fluxo de ar, e por isso, dificultando a respiração. O agente etiológico mais comum é o vírus sincicial respiratório (VSR), e o seu sorotipo A relaciona-se com as mais graves manifestações clínicas da bronquiolite. A evolução da doença varia muito, de casos leves que não representam qualquer problema, até casos mais graves que necessitam de hospitalização, e algumas vezes levam a óbito. O presente estudo teve como objetivos identificar o sexo e idade mais acometidos; verificar a sazonalidade no Brasil; analisar as principais técnicas utilizadas na fisioterapia respiratória e seus objetivos. Foi realizada uma revisão bibliográfica, a partir de artigos pesquisados nos sistemas de busca Scielo, Google Scholar, PubMed, Lilacs e MedLine, assim como livros relacionados à área, com ano de publicação entre 2006 e 2016. Como resultado obteve-se que a bronquiolite é mais comum no sexo masculino, sendo também os casos mais graves. Atinge crianças de até dois anos de idade, abrangendo principalmente aquelas entre um e seis meses. No Brasil os picos de circulação do VSR acontecem entre os meses de janeiro a junho. Abordando a prevalência e circulação do VSR em crianças nas diferentes regiões do Brasil, no sudeste, nordeste e centro-oeste os meses de abril e maio são os que apontam uma maior circulação do vírus, já na região sul, o pico de VSR ocorre mais tardiamente, entre junho e julho. As variações abruptas de temperatura e a umidade do ar também podem contribuir para a sobrevivência do VSR no ambiente. As principais técnicas utilizadas para higiene brônquica incluem o posicionamento do paciente para a drenagem das vias aéreas, técnicas para a eliminação de secreções como a terapia expiratória manual passiva (TEMP) associada às vibrações manuais e aumento do fluxo expiratório (AFE). A remoção das secreções será feito através da tosse ou aspiração nasofaríngea, e posteriormente, a reexpansão pulmonar, através da manobra de Farley Campos ou pressão negativa e a pressão positiva expiratória com máscara de EPAP, técnicas para o redirecionamento de fluxo, manobras de “bag-squeezing”. Os objetivos da fisioterapia respiratória são promover a higiene brônquica, remoção das secreções e reexpansão nos casos de atelectasias. Foi concluído que a BA atinge crianças de até 2 anos de idade, e principalmente meninos, e é caracterizada por ser uma doença sazonal. E através das técnicas fisioterapêuticas respiratórias teve-se como resultados satisfatórios principalmente a redução do desconforto respiratório, maior eliminação de secreção e melhora da ausculta pulmonar.

Palavras-chave


bronquiolite viral; fisioterapia respiratória; higiene brônquica

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