Estudo Estomático de Eucaliptus grandis Hill (Ex Maiden)

Ferdinando Bisogno Castro, Paulo Roberto Diniz da Silva, Fernanda Gallon, Denise Czarnecki da Silva, Valdir Stefenon

Resumo


A família Myrtaceae apresenta 140 gêneros e 3500 espécies de árvores e arbustos, sendo distribuídas nas regiões tropicais e subtropicais da Austrália, Ásia e Américas. No Brasil, foram registrados 23 gêneros e 997 espécies. Dentre as espécies, a Eucalyptus grandis Hill (ex Maiden) (Myrtaceae) é uma árvore que apresenta potencial de utilização madeireira e celulósica. Assim, necessita-se de desenvolvimento de novas cultivares para adaptar à cada região do país. Deste modo, os estudos genéticos para desenvolvimento dessas cultivares necessitam de ferramentas de características  morfológicas para auxiliar na produção de mudas uniformes e de qualidade fitossanitárias em escala comercial. O estudo estomático propicia a verificação dos defeitos morfológicos e fisiológicos. O presente trabalho objetivou na obtenção das medições polar, equatorial e excentricidade para estômatos abaxiais de Eucalyptus grandis. Foram analisadas 4 árvores do campus São Gabriel da Universidade Federal do Pampa, 4 folhas adultas por árvore, 6 campos medianos por  folha, totalizando 96 estômatos. Os cortes histológicos foram tratados com solução de 10% de hidróxido de sódio e montadas em gelatina glicerinada. As amostras foram visualizadas no microscópio de luz IMAGER A2 (Carl Zeiss) e fotografadas em 400X com uma câmera de cor AxioCam ERC5S (Carl Zeiss, Alemanha). Os dados foram analisados usando o programa Statistic 7.0 e foram comparadas pelo teste de Tukey (p ≤ 0,05). As análises estomáticas constataram que para medição polar ( média = 303,62 µm ; desvio padrão = 31,48 µm e CV = 10,37 µm), medição equatorial ( média = 247,59 µm; desvio padrão = 36,57 µm e CV = 14,77 µm) e excentricidade ( média = 0,535; desvio padrão = 0,199 e CV = 37,37). Este trabalho corroborou com trabalhos que analisaram as médias dos estômatos de Arachis hypogaea, submetida a hibridações. Concluímos que a interação dos resultados demonstrou que a excentricidade apresentou problema na estrutura morfológica, com um grande número de estômatos de forma circular, o que dificulta a transpiração.

Palavras-chave


Myrtaceae; medição polar; medição equatorial; excentricidade e estômatos

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