Raiva e a importância da informação, controle e profilaxia na Saúde Pública: Revisão de Literatura

THALIA CRESTANI CARVALHO, Alessanderson da Fontoura Jaques, Amanda da Rosa Rosado, Sacha Ery Oliveira Mochkovitch, Marcelo Pinto Paim

Resumo


A raiva é uma doença aguda do Sistema Nervoso Central, caracterizada por uma encefalopatia ou encefalomielite causada por vírus do gênero Lyssavirus, que pode acometer todos os mamíferos, inclusive humanos. É classificada como uma antropozoonose transmitida ao homem pela inoculação do vírus presente na saliva de animais infectados, doença que leva as vitimas ao óbito em praticamente 100% dos casos. Esta doença tem como principal transmissor o morcego hematófago Desmodus rotundus. Atualmente a raiva ainda é uma doença que apresenta sérios riscos à saúde pública e produz grandes prejuízos econômicos a pecuária. Este trabalho tem como objetivo esclarecer e informar a comunidade sobre os riscos de contágio da doença aos seres humanos e da importância do controle e profilaxia desta doença. No presente texto, os autores fazem uma revisão de literatura sobre trabalhos de interesse nesta área de pesquisa descrevendo os aspectos epidemiológicos e expondo a relevância da raiva, que possui caráter zoonótico, portanto promove danos à saúde humana além de ser responsável pela enfermidade nos animais. Devido a sua alta capacidade de infectar e causar a doença em diversos hospedeiros, a raiva possui ciclos epidemiológicos de transmissão diferentes, dentre eles se encontra os ciclos aéreo, ciclo rural, ciclo silvestre e o ciclo urbano (de grande importância para a saúde publica devido à proximidade do homem com seus animais domésticos). A raiva ainda possui duas formas de apresentação clínica a forma furiosa, mais comum em carnívoros, e a forma paralítica, esta mais comum em herbívoros. A infecção de um animal, pelo vírus da raiva, se dá pela penetração do vírus contido na saliva do animal infectado, principalmente pela mordedura e, mais raramente, pela arranhadura e lambedura de mucosas. O vírus penetra no organismo, multiplica-se no ponto de inoculação, atinge o sistema nervoso periférico e, posteriormente, o sistema nervoso central. A partir daí, dissemina-se para vários órgãos e glândulas salivares, onde também se replica e é eliminado pela saliva das pessoas ou animais enfermos. O maior risco de infecção no homem está relacionado a sua grande proximidade com animais domésticos principalmente dentro do ciclo urbano onde a proximidade do homem com o cão, principal transmissor do vírus nesse ciclo, é muito grande. A raiva é uma doença de grande importância na saúde publica por ser uma zoonose e uma doença fatal. Portanto, tendo em vista este contexto, é recomendável traçar estratégias de controle tanto pelas autoridades sanitárias quanto pela comunidade, como campanhas informativas para a população em geral, controle de população de morcegos nas áreas urbanas, programas e estratégias de vacinação a fim de diminuir o risco de casos de raiva, tanto nos animais quanto no homem.


Palavras-chave


Revisão de literatura; raiva; saúde pública

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