A HUMANIZAÇÃO E O PAPEL DO PSICÓLOGO HOSPITALAR NOS CUIDADOS COM A FINITUDE HUMANA

OLGA ENILDA DE OLIVEIRA DA COSTA, FABIANE CAILLAVA

Resumo


INTRODUÇÃO: Este trabalho tem o intuito de fazer uma reflexão acerca do papel do psicólogo hospitalar no atendimento a pacientes terminais, procurando pensar a importância da humanização neste contexto. Já existe um programa nacional, o Humaniza SUS, que visa humanizar o atendimento aos usuários no ambiente hospitalar. É importante ressaltar que o psicólogo tem um papel distinto dos demais profissionais da área da saúde no ambiente hospitalar, já que a ele cabe lidar com as emoções dos pacientes e de seus familiares diante de um momento de doença e conflito, rejeição e dor. OBJETIVO: Identificar o papel do psicólogo nos cuidados humanizados com pacientes terminais num ambiente hospitalar para que a morte aconteça de forma digna. METODOLOGIA: Através de uma revisão sistemática da literatura, buscou-se artigos que tratassem da humanização e do papel do psicólogo hospitalar nos cuidados com a finitude humana. Para isso foram utilizados os seguintes critérios de refinamento: estudos publicados entre 2002 e 2016 em português; utilizando-se as seguintes palavras-chave: Psicologia Hospitalar, Humanização, Pacientes Terminais; sendo excluídos textos não coincidentes e selecionados os textos de interesses. RESULTADOS: No total foram encontrados 27 artigos e desses, 7 atendiam aos critérios de refinamento e, destes, 3 foram escolhidos para sustentar nossa pesquisa. Os resultados neste estudo mostram que há uma necessidade de compreender melhor os cuidados que envolvem os pacientes terminais e seus familiares. Mostram também que na sociedade a morte é encarada como um tabu. Nós não sabemos lidar com a possibilidade da morte. Diante de uma doença grave, adoece toda família do paciente. O psicólogo busca promover tanto a aproximação dos pacientes com seus familiares como a aceitação e formas de enfrentamento da doença. É também este profissional quem dará apoio, atenção, compreensão, suporte e fortalecimento aos vínculos familiares por estarem vivendo um momento de grande estresse e ansiedade durante o acompanhamento ao paciente acamado. Alguns familiares nestas situações de terminalidade têm algumas necessidades específicas, como estar perto do paciente, sentir-se útil, entender que está sendo feito nos cuidados são apropriados. E o psicólogo também sente o impacto da morte de seu paciente terminal. O que deve ser trabalhado em sua estrutura psíquica o tempo todo dos atendimentos ao paciente terminal. Procurar olhar para este evento como uma realidade inexorável. É algo que faz parte de toda existência humana. Nestes casos supervisão ou psicoterapia ajudam no enfrentamento de tal situação impactante no dia-a-dia do trabalho no hospital com pacientes terminais. CONCLUSÃO: A partir desta pesquisa foi possível perceber a importância do trabalho do psicólogo no ambiente hospitalar. E também de ter um apoio da supervisão ou psicoterapia. A humanização fará com que haja uma prioridade nos cuidados com os pacientes. Considerando-se que os mesmos estão em busca de respeito e valorização humana no momento em que tem que lidar com a finitude. É fundamental que se crie um ambiente seguro e adequado que promova o bem-estar físico e emocional do paciente e, também gerando suporte emocional para os seus familiares para que, assim, possam auxiliar o paciente a morrer com dignidade.

 


Palavras-chave


Psicologia Hospitalar, Humanização, Pacientes Terminais

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