PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA ASSISTIDOS PELA APAE/BAGÉ QUE FREQUENTAM ESCOLAS REGULARES

EVERTON SILVEIRA RIBEIRO, JÉSSICA VALERIO DA ROSA, KAROLINA MACHADO MELLO, LARISSA PACHECO FERRAZ, SIMONE SILVA

Resumo


Introdução: O Transtorno do Espectro Autista (TEA) envolve um conjunto de fatores neurodesenvolvimentais de causas orgânicas. Sua manifestação é muito diversa e seus sinais, embora comumente presentes na infância, podem surgir somente quando as demandas sociais extrapolarem os limites de suas capacidades. Segundo a Associação Psiquiatra Americana (APA), o autismo é classificado como um transtorno global do desenvolvimento, que se caracteriza por uma anormalidade na interação social, comunicação e pela presença de um repertório marcadamente restrito de atividades e interesses. A inclusão educacional escolar, no Brasil, é uma ação política, cultural, social e pedagógica que visa garantir o direito de todos os alunos de estarem juntos, aprendendo e participando. Objetivo: Traçar o perfil epidemiológico dos pacientes assistidos pela APAE/BAGÉ com diagnóstico de TEA que frequentam escolas regulares, através da análise de seus prontuários. Metodologia: O presente estudo caracteriza-se por um levantamento epidemiológico baseado em 49 prontuários de indivíduos com TEA, assistidos em uma instituição filantrópica na cidade de Bagé, que frequentam escolas regulares. As variáveis analisadas nesta pesquisa são: idade, gênero, escola (estadual, municipal ou particular). Resultados: Diante dos dados coletados percebeu-se que a ocorrência do TEA em relação ao gênero está em concordância com a literatura, onde, estudos epidemiológicos mostraram que há uma maior incidência no grupo masculino do que no feminino, com proporções médias relatadas de 3,5 a 4,0 meninos para cada menina. Uma das melhores explicações para tal fato é a condição genética ligada ao cromossomo X. No que se refere a idade na população do estudo identificam-se sujeitos com idade a partir dos três anos. No entanto, autores mencionam que alguns sinais manifestam-se aos dezoito meses de vida, todavia o diagnóstico só pode ser concluído por volta dos 3 ou 4 anos, idade em que a criança já possui maturação a nível. Observou-se também que todos os envolvidos na pesquisa, assistidos pela APAE/Bagé, estão matriculados na rede de ensino sendo ela municipal, estadual ou particular. A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva determina que os alunos com TEA, devem estar incluídos na rede regular de ensino, recebendo Atendimento Educacional Especializado (AEE) no contraturno, este com a finalidade de elaborar e organizar recursos pedagógicos de acessibilidade que eliminem barreiras para a plena participação dos alunos nas escolas públicas e privadas, considerando suas necessidades específicas.  Conclusão: Concluímos que o perfil epidemiológico da população em análise caracteriza-se por maior incidência do gênero masculino (93%), onde todos indivíduos estão inseridos no ambiente escolar, sendo a maioria em escolas públicas. A inclusão dessas crianças é de suma importância, tendo em vista o convívio, o aprendizado e o respeito às diferenças

Palavras-chave


Autismo, Inclusão, Educação

Texto completo:

PDF

Apontamentos

  • Não há apontamentos.