INFLUÊNCIA DE SUBSTRATOS ALTERNATIVOS NA PRODUÇÃO DE MUDAS DE Capsicum Frutescens L.

MARCO ANTONIO PADILHA DA SILVA, Ana Maria Oliveira Bicca, LUCAS MACHADO, lUIS FELIPE RODRIGUES, RENAN CALIXTO BARROS, OTÁVIO COSTA

Resumo


As pimenteiras são plantas do gênero Capsicum e da família Solanaceae. As espécies mais cultivadas no Brasil são: C. frutescens, C. baccatum, C. chinense, C. praetermissum, C. annuum. A pimenta malagueta Capsium. Frutescens L. tem sua origem na Bacia Amazônica, é uma cultivar muito apreciada em diferentes tipos de culinária. São plantas que apresentam teores de vitamina A e C superiores aos encontrados no pimentão e demais olerícolas produzidas no Brasil. Apesar de sua reconhecida importância econômica e social, a cultura da pimenta é pouco estudada no Brasil, em todas as fases do sistema de produção. Para que a germinação e o desenvolvimento das plantas sejam de forma correta, o substrato utilizado é fundamental, principalmente em função de fatores físicos e capacidade de retenção de água. Um substrato de boa qualidade deverá apresentar retenção de água e porosidade que proporcione difusão de oxigênio necessária para germinação e respiração radicular. Além das propriedades físicas, é importante que o substrato tenha boa composição química, isso influência o estado nutricional e desenvolvimento de mudas. O objetivo deste trabalho foi analisar qual a melhor mistura de substratos para o desenvolvimento de mudas de pimenta malagueta (Capsium frutescens L.)  O trabalho foi desenvolvido em ambiente protegido no Campus Rural da Universidade da Região da Campanha (URCAMP) Bagé – RS. O delineamento utilizado foi blocos ao acaso com quatro repetições. Os substratos utilizados foram: (T1) substrato comercial, (T2) 40% de terra de mangueira de ovinos + 40% substrato comercial + 20% casca de soja decomposta, (T3) 50% de terra de mato + 50% substrato comercial. A semeadura foi realizada em bandejas de polietileno, cada uma delas com 15 células, colocando-se duas sementes por célula, onde foi realizado o desbaste 7 dias depois da semeadura, mantendo-se uma planta por célula. Para análise das variáveis foram coletadas 15 plantas por repetição, as bandejas ficaram em ambiente protegido irrigadas duas vezes ao dia. As variáveis analisadas foram as seguintes: altura das plantas, comprimento das raízes, número de folhas definitivas, fitomassa verde e seca da parte aérea e das raízes. Os resultados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo Teste de Duncan ao nível de 5% de probabilidade, pelo software Sasmi-Agri. De acordo com os resultados das avaliações, para as variáveis fitomassa seca de raíz, fitomassa seca da parte aérea e fitomassa verde da raíz não houve diferença significativa entre os tratamentos. Para as variáveis comprimento de raíz, fitomassa verde da parte aérea, número de folhas e altura de planta o melhor tratamento foi o (T2) 40% de terra de mangueira de ovinos + 40% substrato comercial + 20% casca de soja decomposta. Para a produção de mudas de pimenta malagueta a utilização de mistura de terra de mangueira de ovinos (40%), substrato comercial (40%) e casca de soja decomposta (20%), foi superior em relação aos demais tratamentos utilizados. O tratamento menos satisfatório foi o T3, com a mistura de 50% terra de mato e 50% substrato comercial.


Palavras-chave


Fitomassa seca, fitomassa verde; comprimento de raíz

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