UTILIZAÇÃO DE ANTIBACTERIANOS EM UM HOSPITAL FILANTRÓPICO DE BAGÉ-RS

THAÍS SILVEIRA RIBEIRO, GLEICIMARA OLIVEIRA TRINDADE, GUILHERME CASSÃO MARQUES BRAGANÇA, CAROLINE ARAUJO DA SILVEIRA BARRETO, PATRICIA ALBANO MARIÑO, ANA CAROLINA ZAGO

Resumo


Introdução: Os antibióticos são substâncias utilizadas para o tratamento de infecções bacterianas, podendo ser bactericidas (matando as bactérias) ou inibindo o crescimento das mesmas (efeito bacteriostático). Possuem espectro antibacteriano caracterizando sua amplitude de atuação, podendo ser de amplo ou reduzido espectro. É a segunda classe de medicamentos mais utilizada em hospitais, podendo ser administrados por via oral, intramuscular, intravenoso e de uso tópico. Entretanto, a resistência bacteriana ocupa atualmente no cenário mundial uma posição de destaque, principalmente em ambiente hospitalar. Objetivo: O objetivo desta pesquisa foi analisar os antibióticos mais utilizados, bem como as vias de administração mais prescritas em um hospital filantrópico, situado no município de Bagé-RS. Metodologia: Foi realizada uma pesquisa quantitativa, retrospectiva, documental e descritiva durante os meses de janeiro e fevereiro de 2017, avaliando-se todos os pacientes internados. Os dados foram coletados a partir do software utilizado pela farmácia hospitalar e ordenados em planilha para tabulação dos dados. O hospital autorizou a realização desta pesquisa.  Resultados: Durante o período estudado, ocorreram 93 internações. Destas, 52 (56%) utilizaram antibacterianos, sendo estes os prontuários analisados para coleta dos dados. O antibacteriano mais utilizado pelos pacientes internados foi o ciprofloxacino 200mg (23,5%) por via endovenosa, seguido pelo ceftriaxona 1g (17,45%), ciprofloxacino 500mg (10,22%), levofloxacino 500mg (10,22%), cefalexina 500mg (8%) e azitromicina 500mg (7%). Verifica-se que as classes mais utilizadas foram da classe das Quinolonas (aqui representadas pelo ciprofloxacino e levofloxacino) e as Cefalosporinas (ceftriaxona, cefalexina e cefalotina).  Estas classes, juntamente com as penicilinas e aminoglicosídeos, são as relatadas na literatura como as mais utilizadas em ambiente hospitalar. Avaliando-se as vias de administração mais utilizadas nos pacientes internados, verificou-se que as vias utilizadas foram a endovenosa (63,6%), pois é mais aconselhável devido ao efeito do medicamento ser imediato e pela melhora mais rápida do paciente, e a via oral (36,4%). Não se constatou a utilização da via intramuscular neste estudo. Conclusão: Concluiu-se que 56% dos pacientes internados fizeram uso de antimicrobianos e sabe-se que, em vários casos, estes medicamentos são imprescindíveis para o cuidado com o paciente. A decisão do uso deve ser feita com cautela, para não ocasionar reações adversas e hipersensibilidades, além do desenvolvimento de resistência antibacteriana, atualmente considerada um problema de saúde pública. Entretanto, faz-se necessário a realização de estudos com o levantamento do perfil de resistência e sensibilidade dos antibacterianos utilizados, favorecendo assim o uso racional destes medicamentos. 


Palavras-chave


Antimicrobianos; hospital; internações.

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