Histiocitoma palpebral

MAURICIO MACHADO CARLLOSSO, Luis Felipe Dutra Corrêa, Dandara Do Amaral Roberto, Scarlette Bardim Are

Resumo


O estudo, profilaxia, terapêutica e conhecimento de neoplasias tem constantemente evoluído na medicina veterinária, dentre as neoplasias mais comuns em cães está o histiocitoma cutâneo canino (HCC), neoplasia geralmente benigna, de etiologia desconhecida sendo originado de células da linhagem monócito-macrófago, mais provavelmente de origem das células de Langehans, acometendo geralmente animais jovens e sem predisposição por sexo. O tumor geralmente surge rapidamente, alopecico, indolor, bem circunscrito e de forma arredondada, sendo facilmente diagnosticado através de exames citológicos e histopatológicos, geralmente benigno e de fácil intervenção terapêutica. O objetivo do estudo e relatar o procedimento cirúrgico, em um animal com diagnostico de histiocitoma cutâneo canino. Chegou ao Serviço de Oftalmologia Veterinária do Hospital Veterinário de Uruguaiana, um canino do sexo femêa, da raça Collie de um ano de idade, pesando 17kg, com histórico de a 2 meses ter um crescimento tumoral na região da rima palpebral da pálpebra inferior do olho direito. No exame clinico, foi observado aumento circunscrito na pálpebra inferior direita com lesão ulcerativa com evidencias que levavam a suspeitar de neoplasia e as demais estruturas oculares mostravam-se sem alterações. Foi solicitado exames pré-cirurgicos, como hemograma, perfil bioquímico e exame de radiografia torácica. Os resultados destes deram dentro dos padrões fisiológicos para a espécie. Então, o animal foi encaminhado para remoção cirúrgica pela técnica de “v ”plastia. O paciente recebeu como medicação pré-anestésica midazolam (0,3mg.kg-1,IV) associado a ketamina (5mg.kg-1,IV). Foi induzido com propofol (4mg.kg-1,IV) e mantido com isofurano ao efeito com vaporização a 100%. Após remoção cirúrgica, e sutura com fio vicry 6-0, o animal recebeu alta, sendo prescrito pomada oftálmica base de neomicina e associações (maxitrol®, a cada 8 horas durante 10 dias) para tratamento tópico, analgesia com dipirona (15mg.kg-1,VO, durante 2 dias), associado a maxican (0,1mg.kg-1,VO, durante 3 dias). Após 14 dias o animal voltou ao hospital, para avaliação onde constatou-se cicatrização completa, e o sucesso esperado no procedimento cirurgico. O tumor foi encaminhado para exame histopatológico onde constatou-se histiocitoma cutâneo canino. O prognostico de histiocitoma cutâneo canino (HCC), é favorável, entretanto, assim como em outras neoplasias o diagnostico prematuro é de suma importância. 


Palavras-chave


Pálpebra; neoplasia; cão

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