A Síndrome de Burnout em Enfermeiros de Pronto Atendimento

RENATA DE OLIVEIRA GOMES, Agnes Leana dos Santos Quines, Adriana de Melo Araújo, Jeruza Berni Garcia, Oqueniler Brião Senna, Cristiano Pinto dos Santos

Resumo


Introdução: O enfermeiro de pronto atendimento é o primeiro profissional a entrar em contato com o paciente, familiares e até mesmo com veículos de segurança e de comunicação em casos de crimes e grandes eventos acidentais, acolhendo, ouvindo suas queixas e muitas vezes seu descontentamento com o sistema de saúde que lhe é ofertado, principalmente, em prontos atendimentos públicos, onde a falta de verbas compromete muito a qualidade dos serviços prestados. Além de jornadas extensas, equipes despreparadas, o estresse presentes na vida laboral desse profissional, podem acarretar sérios danos á saúde física e principalmente mental desse indivíduo tão importante. Objetivos: O objetivo geral deste estudo foi identificar os fatores que levam o profissional enfermeiro que atua em pronto atendimento a vir desenvolver a Síndrome de Burnout. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa, operacionalizada por meio do acesso de artigos publicados no período de 2012 a 2017, indexados nas bases de dados: Scielo (Scientific Eletronic On-line) e LILACS (Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde) utilizando os seguintes descritores: “Burnout” “Enfermeiro” “Pronto atendimento”. Optou-se por estas bases de dados pelo qualiquantitativo de publicações que abarcam. A partir da busca obteve-se 9 artigos, sendo eliminados três por motivo de repetição e dois por não apresentarem texto completo online, totalizando 4 registros. Resultados: Os resultados encontrados identificam inúmeros fatores que predispõe o enfermeiro de pronto atendimento a desenvolver a síndrome, tais como: estresse da rotina diária, jornadas duplas de trabalho, número insuficientes de profissionais, faltas de recursos e matérias para uma correta assistência ao cliente e até mesmo o uso desnecessário da rede de pronto atendimento pela população, gerando uma sobrecarga dessas unidades. Sendo o enfermeiro o primeiro profissional a entrar em contato com o paciente, muitas vezes ele enfrenta inclusive agressões verbais e em casos extremos até mesmo agressões físicas dos pacientes e/ou acompanhantes levando em conta o nervosismo de ver algum ente em processo de sofrimento, o que acarreta medo, pânico e ansiedade nesses profissionais e vem a se somar aos fatores que predispõe a poder desencadear a síndrome. Conclusão: Conclui-se que são inúmeros os fatores presentes que podem levar ao enfermeiro de pronto atendimento a vir apresentar a Síndrome de Burnout, sendo necessário investir em qualidade na saúde, iniciando por ambientes adequados, seguros e ergonômicos de trabalho para comportar esses profissionais, numero suficiente de funcionários qualificados na área, provento de materiais adequados e em número satisfatório para a jornada de trabalho e na educação da população para o correto uso dos serviços de pronto atendimento, evitando assim a sobrecarga desnecessária do serviço e de seus profissionais. Torna-se prioritário oferecer assistência psicológica para esses profissionais que lidam todos os dias com doenças, traumas, estresse no trabalho e ainda convivem diariamente com o retrato da violência presente no mundo atualmente estampadas no rosto de seus pacientes.

Palavras Chave: Enfermeiro; Pronto atendimento; Burnout.


Palavras-chave


Enfermeiro; Pronto atendimento; Burnout.

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