COMPARAÇÃO DA MICROBIOTA ORAL DE EQUINOS CRIOULOS COM RELAÇÃO A ALIMENTAÇÃO COMPARANDO ANIMAIS ESTABULADOS E À CAMPO.

AMANDA DA ROSA AZAMBUJA, Ana Luiza Cabral Risch, Luiza Ferreira Mesquita, Desirée Hellwig Brauner

Resumo


Introdução: O termo microbiota, refere-se à comunidade ecológica de microrganismos comensais, simbióticos e patogênicos, habitantes de determinados locais externos do organismo, determinantes da saúde e da doença. Esses microrganismos estão frequentemente envolvidos em muitas doenças infecciosas poli microbianas como as doenças periodontais. A microbiota normal dos equinos é constituída por um grande número de microrganismos, em especial bactérias, que são adquiridas logo após o nascimento. São microrganismos comensais que habitam a pele, cavidades em contato com a superfície e trato digestório. Alguns são essenciais para a vida do indivíduo, mas podem tornar-se patogênicos. A boca é um ambiente ideal que sustenta populações microbianas muito grandes e diversas, na língua, bochechas, dentes e gengiva, em função da umidade abundante, calor e presença constante de alimento. Objetivo: Avaliar a microbiota oral de equinos, com relação ao tipo de alimentação, comparando animais estabulados alimentados com ração e equinos a campo alimentados com pastagens, verificar aas bactérias periodontais que podem ocasionar problemas e a presença de Staphylococcus spp.  Metodologia: Foram coletados 17 equinos da raça Crioula, com idades variadas, de ambos os sexos hígidos. A coleta foi realizada em um centro de treinamento de cavalos e uma propriedade rural, por meio de “swabs” estéreis da cavidade bucal dos equinos. Após as amostras foram enviadas ao laboratório de microbiologia da Urcamp Bagé, sendo cultivadas em placas de ágar sangue e levadas a estufa a 37°C por 24 horas. Confeccionou-se lâminas, tingidas pela coloração de Gram e analisadas em microscopia. Foram feitas provas complementares de catalase e coagulase para confirmar a presença de Staphylococcus spp e também sua patogenicidade. Resultados: Todos os animais a campo adultos apresentaram Bacillus spp, nas laminas e a presença de Staphylococcus spp. Em dois animais foi encontrada a bactéria Staphylococcus aureus. Nos potros apenas Bacillus spp. Nos equinos estabulados houve crescimento de Bacillus spp. e Staphylococcus spp., sendo que 10% eram Staphylococcus aureus.  Conclusão: Mesmo este trabalho tendo apenas dados parciais, pois a pesquisa irá prosseguir, identifica-se a presença de Staphylococcus spp na microbiota oral de equinos, independendo da alimentação. 


Palavras-chave


cavidade oral; microrganismos; diagnóstico.

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