A PRECARIEDADE DO PAPEL SOCIAL EM INSERIR OS CIDADÃOS QUE POSSUEM TRANSTORNO DA IDENTIDADE DE GÊNERO

FERNANDA RIBEIRO RITTA, ANA PAULA CARDONA MIELKE DA LUZ, GABRIEL DE FREITAS RODRIGUES DA LUZ, CLARISSE ISMÉRIO

Resumo


Nos dias atuais, fala-se cada vez mais sobre identidade de gênero, transexualismo e outros conceitos ligados a disforia de gênero. Disforia é traduzido por um sentimento de insatisfação, ansiedade e inquietação, logo a Disforia de Gênero nada mais é que a desarmonia entre corpo e alma. Sentir que seu corpo não reflete seu verdadeiro sexo pode trazer muitos problemas psicológicos, entre eles a angústia, a ansiedade e a depressão. Antigamente, a Disforia de Gênero era chamada de “Transtorno de Identidade de Gênero”, mas é um termo que está em desuso, pois a incompatibilidade que há entre o corpo e a sensação interna do órgão, não é um transtorno, uma doença mental e por isso não pode ser chamada como tal. O Brasil vive a era da modernidade, tecnologia e igualdade, mas ainda assim, em determinados momentos deixa desprotegido os cidadãos que buscam adequar o gênero. A pesquisa tem como objetivo geral, verificar se a mera criação da legislação que regulamente a cirurgia de redesignação sexual e posteriormente o registro civil, poderá garantir a cidadania plena ao cidadão transgênero. Tem como objetivos específicos, conceituar e contextualizar disforia de gênero, transexualismo, resignação sexual e ideentidade de gênero; evidenciar a transexualidade na lei brasileira bem como identificar se existe a garantia da cidadania plena do indivíduo transexual. A metodologia será dialética, pesquisa descritiva explicativa, qualitativa de campo. O instrumento de coleta de dados é questionário aberto. A pesquisa foi capaz de apontar que a mera modificação na legislação não garante ao cidadão transgênero a cidadania plena, já que a principal mudança deve ser quanto a liberdade do indivíduo. A pesquisa apontou que diversos cidadãos trangêneros não desejam realizar a cirurgia de redesignação sexual, já que o fator biológico é ínfimo em relação a identidade de gênero, e essa liberdade deve ser fortemente zelada. Os dados colhidos através de questionários não deixaram dúvida quanto a  dificuldade que a sociedade encontra em aceitar a disforia de gênero como uma questão social que deve ser debatida. Assim conclui-se que a cidadania plena não está garantida com a mera inclusão de direitos, ainda não tutelados aos indivíduos transgêneros.


Palavras-chave


identidade de gênero, transgênero, disforia de gênero

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