CONHECIMENTO DAS GESTANTES SOBRE A IMPORTÂNCIA DOS TESTES RÁPIDOS REALIZADOS NA GESTAÇÃO

MATHEUS PERALTA REIS, CARLA OLIVEIRA DOS SANTOS AVELLO, ANDRESA BOER BELLOCHIO, MILENA MOREIRA FERREIRA

Resumo


Introdução: A realização de testes rápidos realizados em gestantes têm sido cada vez de maior importância, tendo em vista a capacidade de detectarem doenças capazes de causar anomalias graves no feto ou até mesmo a interrupção de gestações. O conhecimento das gestantes sobre estes testes é de suma importância para um diagnóstico antecipado e um tratamento adequado. A testagem é indicada nos primeiros três meses, mas pode ser feita até na hora do parto. Com o tratamento médico, a chance do bebê contrair doenças cai para menos de 1%, tratando-se do HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana). Quando não há tratamento, a taxa de contaminação chega a 20%. As recomendações são o uso de antirretrovirais, parto cesáreo (quando Carga Viral acima de 1.000 cópias/mm3) e a não amamentação (com uso de inibidores de lactação). Objetivo: Conhecer o nível de conhecimento das gestantes e orientá-las sobre a importância de detectar certas doenças por testes rápidos e a chance de iniciar um tratamento imediato assim reduzindo contaminação vertical ou até mesmo interrupção da gestação. Metodologia: Este estudo é um recorte dos dados de uma pesquisa de campo de abordagem qualitativa de investigação social, sendo o cenário de estudo uma Unidade Básica de Saúde (UBS) de uma cidade do interior do Rio Grande do Sul com uma equipe de Estratégia de Saúde da Família. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas para a coleta dos dados no primeiro semestre de 2017. Tal pesquisa foi submetida na Plataforma Brasil conforme exige a Resolução nº466/12 respeitados os aspectos éticos e obteve aprovação do CEP sob o parecer de número 2.073.666. Os resultados das perguntas foram analisados segundo o que propõe Bardin, onde estes, foram divididos em categorias conforme exploração do material e o método de cessar a coleta de dados foi a saturação teórica. Resultados: Após interpretação dos dados obtidos pôde-se perceber que a grande maioria das mulheres sabe que a não realização dos testes durante o período gestacional pode acarretar em diversas complicações tanto para mãe quanto para o feto. Dentre elas podemos citar a transmissão vertical do HIV que ocorre na hora do parto e a contaminação pela bactéria Treponema pallidum que causa Sífilis. No caso da mãe ser soro positivo, após o nascimento o RN é encaminhado diretamente a um serviço de referência para profilaxia e acompanhamento durante um período de 6 meses, afim de evitar qualquer contaminação. Conforme relatado na pesquisa, todas as mulheres entrevistadas sabem que bebês de mãe HIV positivo não podem se alimentar de leite materno, pois o mesmo pode causar transmissão vertical e anular o efeito das medicações usadas na profilaxia. Em casos de contaminação por Sífilis a profilaxia consiste em realizar exames de sangue como VDRL/PRP de sangue periférico, hemograma completo, Raio X de ossos longos e ainda exame de liquor. Conclusão: Destaca-se aqui a importância dos teste rápidos e a correta orientação das mulheres e seus parceiros/acompanhantes para um pré-natal de sucesso, afim de evitar diversas complicações que muitas vezes podem não ser revertidas e causar danos irreversíveis para o bebê. Porém não podemos esquecer que existem ainda situações que se a equipe de saúde agir de maneira correta, podemos salvar esta vida e proporcionar uma boa qualidade de vida, tanto para o bebê quanto para sua família.

 

 


Palavras-chave


pré-natal, exames, gestação

Texto completo:

PDF

Apontamentos

  • Não há apontamentos.