DETERMINAÇÃO DA CONCENTRAÇÃO DE FENÓIS TOTAIS EM EXTRATO DAS FOLHAS DE Maytenus ilicifolia Mart OBTIDAS COMERCIALMENTE E in natura

ALESSANDRA PEÇANHA DALL ASTA, PATRICIA ALBANO MARIÑO, JOAO OLAVO SEVERO DE VARGAS, GRACIELA MALDANER, ANA PAULA SIMOES MENEZES

Resumo


Introdução: A espinheira santa (Maytenus ilicifolia Mart.) é pertencente à família Celastraceae, sendo também conhecida popularmente como “cancorosa”, está dentre as plantas medicinais mais consumidas para tratamento de gastrites e úlceras, ação esta possivelmente desencadeada pela presença de metabólitos secundários, os polifenóis. Entretanto, a concentração de metabólitos secundários nos materiais vegetais está associada a diversos fatores, como época de coleta, processos de secagem e moagem do material, preparo correto da planta para consumo, entre outros. Além disso, quando da utilização de chás obtidos comercialmente, a qualidade do produto é fundamental. Objetivo: O objetivo dessa pesquisa experimental foi determinar a concentração dos fenóis totais existentes em extratos das folhas de Maytenusi licifolia Mart. obtidos comercialmente e coletada in natura. Metodologia: A amostra do material vegetal foi coletada na zona rural de Dom Pedrito/RS. Após a coleta, as partes aéreas foram secas à sombra a temperatura ambiente, em local seco e livre de possíveis contaminantes. Posteriormente, foi realizado o processo de moagem por rasuração para o preparo do extrato a ser avaliado. Já a segunda amostra foi obtida comercialmente de um feirante (“ervanário”). As amostras foram preparadas por infusão, reproduzindo o uso popular (3 g em 150 mL de água, equivalendo a uma concentração de 2%), obtendo-se o extrato aquoso da planta. O teor de polifenóis totais foi determinado pelo método de Folin-Ciocalteau. As misturas foram preparadas com 1ml de extrato, 5 ml de água destilada, 0,5 ml de reagente Folin-Ciocalteau e 1 ml de carbonato de sódio 5%. Os preparados foram colocados em frasco opaco, agitados e colocados em repouso por 30 minutos. Após o repouso, as mesmas foram diluídas (1:10) a fim de possibilitar a leitura no aparelho. A absorção da cor azul resultante foi medida em espectrofotômetro em λ de 725 nm. Os resultados foram expressos em mg de ácido gálico equivalentes (GAE) por 100g de matéria seca. As análises foram conduzidas em 2 dias distintos e os dados expressos como médias ± desvios padrões (DP), sendo avaliada estatística pelo PrismaPad 5.01. Resultados: Foram realizadas cinco verificações em dois diferentes dias. Os extratos avaliados apresentaram altos teores de compostos fenólicos; o extrato obtido in natura apresentou a maior média (3,222; DP= 0,048) quando comparado ao obtido comercialmente (3,078; DP= 0,053), testando as médias com significância estatística (P<0.01). Considerações finais: Através dos resultados obtidos, pode-se constatar que as amostras aqui testadas apresentaram variação na quantidade de fenóis totais. Isto pode sugerir uma restrição na qualidade da amostra obtida comercialmente, uma vez que a in natura seguiu as recomendações de período de coleta, secagem, moagem, armazenamento e preparo da planta para consumo. Os polifenóis são metabólitos importantes, pois são os responsáveis pela atividade antiácida e antiulcerosa, ações essas mais pretendidas pelos consumidores desta planta medicinal.

Palavras-chave


Maytenus ilicifolia; polifenóis; controle de qualidade

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